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domingo, 6 de setembro de 2009

Adventistas do 7º dia


História da Igreja

Em apenas um século e meio a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem crescido de um punhado de pessoas, que diligentemente estudaram a Bíblia em procura da verdade, para uma comunidade mundial de mais de oito milhões de membros e, outros milhões, que consideram a Igreja Adventista seu lar espiritual. Doutrinariamente, os Adventistas do Sétimo Dia são herdeiros do supradenominacional movimento Milleriano da década de 1840. Embora o nome “Adventista do Sétimo Dia” tenha sido escolhido em 1860, a denominação não foi oficialmente organizada até 21 de maio de 1863, quando o movimento incluia cerca de 125 Igrejas e 3.500 membros.

Entre 1831 e 1844, Guilherme (William) Miller - um pregador Batista e ex-capitão de Exército da Guerra de 1812 - lançou o grande despertar do segundo advento, o qual eventualmente se espalhou através da maioria do mundo cristão. Baseado em seu estudo da profecia de Daniel 8:14, Miller calculou que Jesus poderia retornar a Terra em 22 de outubro de 1844. Quando Jesus não apareceu os seguidores de Miller experimentaram o que veio a se chamar “O Grande Desapontamento”.

A maioria dos milhares que haviam se juntado ao movimento, saiu em profunda desilusão. Uns poucos no entanto, voltaram para suas Bíblias para descobrirem porque eles tinham sido desapontados. Logo eles concluíram que a data de 22 de outubro tinha na verdade estado correta, mas que Miller tinha predito o evento errado para aquele dia. Eles se convenceram que a profecia bíblica previa não o retorno de Jesus à Terra em 1844, mas que Ele começaria naquela data um ministério especial no céu para Seus seguidores. Assim, eles continuaram a esperar pelo breve retorno de Jesus, como fazem os Adventistas do Sétimo Dia ainda hoje.

Deste pequeno grupo que se recusou a desistir depois do grande desapontamento, surgiram vários líderes que construíram a base do que viria a ser a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Destacam-se dentre estes líderes um jovem casal - Tiago e Ellen White - e um capitão de navio aposentado, José Bates


Este pequeno núcleo de “adventistas” começou a crescer - principalmente nos estados da Nova Inglaterra na América do Norte - aonde o movimento de Miller havia começado. Ellen White, apenas uma adolescente na época do grande desapontamento, desenvolveu-se em uma dotada escritora, oradora e administradora, se tornando, e permanecendo, a conselheira espiritual de confiança da família Adventista por mais de 70 anos até sua morte em 1915. Os primeiros Adventistas vieram a acreditar - como têm os Adventistas desde então - que ela desfrutou da direção especial de Deus enquanto ela escrevia seus conselhos para o crescente grupo de crentes

Em 1860, em Battle Creek, Michigan, EUA, um punhado de congregações de Adventistas escolheram o nome Adventista do Sétimo Dia e em 1863 organizaram formalmente o corpo da Igreja com um número de 3.500 membros. No princípio, a atuação foi em grande parte limitada a América do Norte, até 1874 quando o primeiro missionário da Igreja, John Nevins Andrews, foi enviado para Suíça. A obra na África foi iniciada timidamente em 1879 quando Dr. H. P. Ribton, um recente converso na Itália, se mudou para o Egito e abriu uma escola, mas o projeto terminou quando tumultos começaram a surgir nas vizinhanças. O primeiro país cristão não-protestante a receber a Igreja foi a Rússia, aonde um ministro adventista foi enviado em 1886. Em 20 de outubro de 1890, a escuna Pitcairn foi lançada em São Francisco e logo designada para levar missionários para as ilhas do Pacífico. Missionários Adventistas do Sétimo Dia entraram pela primeira vez em países não-cristãos em 1894 - Costa Dourada (Gana), oeste da África, e Matalbeleland, África do Sul. No mesmo ano missionários vieram a América do Sul, e em 1896 havia representantes no Japão. A Igreja hoje tem atuação estabelecida em 209 países.

A publicação e distribuição de literaturas foram os principais fatores no crescimento do movimento do Advento. A ‘Advent Review’ e o ‘Sabbath Herald’ (hoje ‘Adventist Review’), órgão geral de comunicação da Igreja, foram lançados em Paris, Maine, em 1850; o ‘Youth’s Instructor’ em Rochester, Nova Iorque, em 1852; e o ‘Signs of the Times’ em Oakland, Califórnia, em 1874. A primeira Casa Publicadora denominacional em Battle Creek, Michigan, começou a operar em 1855 e foi devidamente incorporada em 1861 com o nome de Associação de Publicação Adventista do Sétimo Dia.

O Instituto de Reforma da Saúde, conhecido mais tarde como Sanatório Battle Creek, abriu suas portas em 1866, e a obra da sociedade missionária foi estabelecida a nível estadual em 1872, e 1877 viu a formação das Associações das Escolas Sabatinas em todo o Estado. Em 1903, a sede da denominação se mudou de Battle Creek, Michigan, para Washington, D.C., e em 1989 para Silver Spring, Maryland, aonde ela continua a formar o nervo central do trabalho sempre em expansão.






I - Origem e História dos ASD.


1) A Segunda Vinda de Cristo Segundo os ASD.

Inicialmente foi fixada data de 21/03/1843, sobre a seguinte doutrina:
O Cristo voltará de maneira pessoal e visível nas nuvens do céu, por volta do ano 1843;
Os justos ressuscitarão incorruptíveis e os vivos serão transformados para a imortalidade, sendo levados para reinar com Cristo na "nova terra";
A terra será destruída pelo fogo;
Os ímpios serão destruídos, e seus espíritos, conservados em prisão até sua ressurreição e condenação;
O milênio ensinado na bíblia eram os mil anos que se seguiram à ressurreição.
Nada acontecendo, a data foi mudada para 21/03/1844.
Novamente a data fora mudada, agora para 22/10/1844.
2) O Cálculo do Dia do Arrebatamento

Como Willian Miller chegou à data de 21/03/1843?
Obs.: Tudo foi baseado num estudo errado de Dn 8.14.

O santuário era a terra;
A purificação se faz pelo fogo, logo, a terra seria purificada pelo fogo da vida de Jesus (2Pe 3.9,10);
As 2300 tardes e manhãs foram interpretadas como dias, valendo cada dia um ano;
O ponto de partida era o ano 457 AC (cf. Dn. 9.25 e Ed. 7.11-26);
Quando não se deu a volta de Jesus em 1843, aumentou-se um ano, considerando que tinham decorrido apenas 2.299 anos de 457 AC até 1843, ficando assim 22/10/1844 como data definitiva.
2.1. A Interpretação Correta de (Dn. 8.14)

O carneiro com duas pontas (v.3) representava o rei da Média e Pérsia (v.20);
O bode (v.5) representava o rei da Grécia (v.21);
A derrota que o pode infringiu ao carneiro representava a vitória da Grécia sobre a Média e Pérsia;
A quebra da ponta notável e o surgimento das outras quatro pontas do bote (v.8) indicam a morte de Alexandre, o Grande, e a posterior divisão do Reino entre seus quatro generais (v.22);
A ponta pequena que saiu de uma das pontas (v.9 - um rei feroz de cara - v.23), e Antíoco Epifânio (v.11-12);
Antíoco Epifânio, governador da Síria entre 175 e 164 AC, profanou o santuário (v.11) e substituiu os sacrifícios prescritos na lei por sacrifícios pagãos (vd. 1 Mb 1.21-24; cf Nm 28.1-3);
O santuário foi purificado depois de 1150 dias, ou seja, os 2300 tardes e manhãs (cf. 1 Mb 4.36-58).


II - O Juízo Investigativo - ou Redenção Incompleta

" Antes que se complete a obra de Cristo para a retenção do homem, há também uma expiação para tirar o pecado do santuário. Este é o serviço iniciado quando terminaram os 2300 dias. Naquela ocasião, conforme fora predito pelo profeta Daniel, nossos Sumo Sacerdote entrou no Lugar Santíssimo para efetuar a última parte de sua solene obra - purificado o Santuário ( O Conflito dos Séculos, p.240)."

Refutação:

Há aí um erro triplo: o tempo, o lugar e a obra de redenção.

O tempo: usando sua forma de interpretação para as 2300 tardes e manhãs de Dn 8.14 seria 445 AC (cf. Ne 2.1-8 e Dn 9,25) e não 457 AC o ano para a base de cálculo.
Obs: houveram dois decretos ligados à reconstrução de Jerusalém. Um em 457 AC, de embelezamento do templo e restauração do culto, a cargo de Esdras (Ed 7). O outro foi o da reconstrução dos muros e portanto da cidade, a cargo de Neemias. É deste que deveriam tratar; o qual fora baixado em 445 AC por Atarxerxes Longímano.

2300 tardes e manhãs equivalem literalmente a 1150 tardes + 1150 manhãs, o que equivale a 1150 dias, porque uma tarde e uma manhã eram um dia, no sistema judaico de contar os dias (Gn. 1.5).
1150 dias formam o tempo decorrido entre a profanação do templo por Antíoco Epifânio, e sua purificação por Judas Macabeus, em 165 AC.


O lugar: Jesus entrou no santuário celestial 40 dias após sua ressurreição (At 1.3), e não em 22/10/1844. A epístola aos hebreus, escrita em 63 DC já declarava ter Cristo entrado no Santo dos Santos (Hb 6.19,20; 7.23-28; 8.1,2; 9.1-14,24-26; 10.19,20).
Redenção: a obra de redenção foi realizada de uma vez por todas na cruz; não ficou incompleta. Quando Cristo subiu ao céu ela estava definitivamente terminada (Hb.1.3; 9.24-28)



III - Os Pecados Colocados Sobre Satanás - o Bode Emissário

Quando, portanto, os dois bodes eram postos perante o Senhor no Dia da Expiação, representavam Cristo e Satanás... Satanás não somente arrastou o peso e o castigo dos seus próprios pecados, mas também o peso e o castigo dos pecados das hostes dos remidos, os quais foram colocados sobre ele, e também de sofrer pela ruína de almas por ele causadas". (O Ritual do Santuário, pp. 168 e 315).

Como sacerdote, ao remover dos santuários os pecados, confessava-os sobre a cabeça do bode emissário, semelhantemente Cristo porá esses pecados sobre Satanás, o originador e instigador do pecado... quando Cristo, pelo mérito de seu próprio sangue, remover do santuário celestial os pecados de seu povo, ao encerrar-se o seu ministério, ele os colocará sobre Satanás que, na execução do juízo, deverá arrostar a pena final" (O Conflito dos Séculos, pp. 421 e 489).

Refutação:

Segundo o ensino dos ASD:
Satanás terá de levar sobre si os pecados dos remidos e expiá-los, tornando-o assim co-redentor.
O próprio Satanás terá de ser um dia aniquilado para que os pecados dos crentes sejam também cancelados.


Segundo o ensino da Bíblia:
Os nossos pecados foram colocados sobre Jesus (Jo 1.29; 1Pe2.24; Is 53.4-6,11; Mt 8.16,17; 1Pe 3.18).
Satanás será castigado pelos seus pecados (Mt 25.41).


Analizando Lv 16.5,10:
São apresentados dois bodes para expiação dos pecados;
Não era só o bode expiatório que fazia expiação pelo pecado. Eram os dois bodes (Lv 16.10).
Azazel pode ser traduzido por "afastamento", "remoção" ou "emissário".


IV - O Sono da Alma ou a Imortalidade e Incondicional



"O que o homem possui é o 'fôlego de vida' (do que dá animação ao corpo), que ele é retirado por Deus, quando expira. E o fôlego é reintegrado no ar, por Deus, mas não é entidade consciente ou homem real como querem os imortalistas" (Sutilezas do Erro, pp. 217).



Refutação:

O espírito não morre, nem dorme com a morte do homem (Mt 10.28; Ec 12.17).
O espírito separa-se do corpo por ocasião da morte do homem (Lc 20.37,38; 23.43; At 7.59).
O espírito continua vivo, inconsciente, e com todas as suas faculdades ativos depois da morte, seja ímpio o justo (Lc. 16.19-31; Ap 6.9-11; 2Co 5.6-8; Hb 12.23; 2Co 12.2-4; Fp 1.21-23).
Dormir refere-se ao corpo (Mt 27.52) e não à alma (Dt.34 5,6; comp. Mt.17.1-3).


V - A Guarda do Sábado



Segundo a senhora Hélen White disse ter recebido uma "revelação", segundo a qual Jesus descobriu a arca do concerto e ela viu dentro as tábuas da lei. Para sua surpresa, o quarto mandamento estava no centro, rodeado de uma auréola de luz. (lv. Adventistas p. 42).

Refutação:
O Novo testamento repete pelo menos:
50 vezes o dever de adorar só a Deus;
12 vezes a advertência contra a idolatria;
4 vezes a advertência para não tomar o nome do Senhor em vão;
6 vezes a advertência contra o homicídio;
12 vezes a advertência contra o adultério;
6 vezes a advertência contra o furto;
4 vezes a advertência contra o falso testemunho;
9 vezes advertências contra a cobiça.
Em nenhum lugar no entanto é encontrado no N. T. o mandamento de se guardar o sábado.



Jesus Violou o Sábado.

Teve seu nascimento prometido segundo a lei (Dt. 18.15);
Nasceu sob a lei (Gl. 4.4);
Foi circuncidado segundo a lei (Lc 2.21);
Foi apresentado no templo segundo a lei (Lc. 2.22);
Ofereceu sacrifício no templo segundo a lei (Lc 2.24);
Foi odiado segundo a lei (Jo 15.25); de
Foi morto segundo a lei (Jo 19.7);
Viveu, morreu e ressuscitou segundo a lei (Lc 24. 44,46); a
Apesar de ter cumprido toda a lei, foi perseguido por causa do sábado (Jo 5.16-18).