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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Mormonismo



Os Santos dos Últimos Dias (SUD), conhecidos como mórmons, é um movimento religioso restauracionista iniciado no século XIX nos Estados Unidos da América e liderado inicialmente por Joseph Smith Jr., definido pelos seus seguidores como primeiro profeta desta época.


História

Na primavera de 1820, o jovem Joseph Smith Jr. de apenas quatorze anos de idade, querendo saber qual a verdadeira igreja de Jesus Cristos, pois não se contentava em se filiar a qualquer uma das existentes, resolveu por à prova a escritura que se encontra em Tiago 1:5-7. Quando começa a invocar ao Senhor em oração, eis que tem uma visão celestial. O mesmo Joseph Smith proclama ter nesta visão conversado com Deus e seu Filho, Jesus Cristo, na qual lhes ordenou que não se filiasse a nenhuma das igrejas existentes, pois todas estavam erradas. Disseram-lhe que mais tarde ele seria um instrumento poderoso em Suas mãos para a restauração da verdadeira Igreja de Jesus Cristo e que seu nome seria conhecido por bem ou mal. Esse episódio ficou conheciso entre os mórmons como a "Primeira Visão".

Em um segundo momento (depois da Primeira Visão), sempre segundo relato de Smith, um ser ressurreto chamado Moroni, que viveu nas Américas por volta do ano 400 depois de Cristo, apareceu para Joseph na forma de um anjo, e lhe entregou um livro escrito em placas de ouro, com caracteres até então desconhecidos, a que chamou hieroglifos reformados. O jovem Joseph Smith teria recebido as placas em 1827 [1] e a partir dessa altura ele as teria traduzido para a inglês, dando origem ao Livro de Mórmon, que juntamente com a Bíblia,[2] Doutrina e Convênios e Pérola de Grande Valor é considerado escritura divina para os Santos. O termo mórmon, geralmente usado para referir-se a estes, deriva do nome do profeta Mórmon, que foi um dos autores e compiladores das escrituras que formaram o livro com seu nome.

Durante o período de tradução dos caracteres, sempre auxiliado por seu companheiro Oliver Cawderi o qual era seu escrivão. Voltou a orar ao Senhor, às margens do rio Susquerrana, e como resposta obteve outra visão. Dessa vez apareceu-lhe João Batista, o qual lhes conferiu pela imposição de mãos, o sacerdócio de Aarão que lhes dava autoridade para batizar. Alguns dias depois lhes aparecereram Pedro, Tiago e João, os quais possuiam as chaves do reino de Deus, transferidas a eles pelo Senhor antes de sua ascensão aos céus, os quais lhes impuseram as mãos e lhes conferiram o sacerdócio de Melquisedeque. Primeira Visão.[3] Em 6 de abril de 1830, com apenas 6 pessoas, conforme o número mínimo exigido pelo lei americana, a igreja foi formalmente organizada. E nesse mesmo ano de 1830, Joseph Smith publicou o Livro de Mórmon, tornou-se o primeiro Élder da Igreja por ele iniciada e denominada A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, isso porque cuidava ser a mesma igreja que Jesus criara quando estava na terra, só que agora Restaurada por um novo profeta chamado e ordenado por Deus, ou seja, Joseph Smith. A mensagem da Igreja conquistou não apenas seguidores como também inimigos políticos e religiosos, pois no inicio do mormonismo, os dirigentes da Igreja se desentendiam com o governo americano e com a ética protestante, dominante no país no Século XIX.

'Os mórmons se afirmavam como os donos da verdadeira palavra de Jesus Cristo e isso alfinetava o protestantismo', diz John Gordon Melton, professor de estudos religiosos da cultura americana da Universidade de Indiana. "

Segundo B. H. Roberts, um historiador mórmon, para além de motivos religiosos, ele também referiu como motivo da perseguição aos Santos a tendência dos Santos se congregarem numa só comunidade. Após a sua conversão os Santos congregavam-se em locais indicados pelos seus líderes. Essa congregação provocava conflitos com os anteriores moradores devido às diferenças significativas entre essas comunidades, nomeadamente:

diferenças culturais. Os membros da Igreja eram na sua maioria provenientes de Estados de Leste e do Norte e contrastavam imensamente com os homens da fronteira Norte Americana em temas polémicos na época, como por exemplo a Abolição da Escravatura, sendo os mórmons provenientes de Estados do Norte eram tendencialmente abolicionistas.

diferenças políticas. Como a comunidade mórmon crescia exponencialmente, ao mesmo tempo ganhava peso em votos, tornando-se ameaçadora a nível político colocando em risco os lugares governamentais ocupados pelos antigos moradores pela possibilidade de virem a ser ocupados por cidadãos mórmons.[5]
Por conseguinte, os mórmons foram vítimas de centenas de atos de violência e segregação, como incêndios de caravanas lideradas por missionários e peregrinos. A intolerância com os religiosos mórmons, culminou no assassinato de Joseph Smith Jr., morto dentro da cela onde estava preso, em Illinois.

Com a morte de Smith, houve disputa quanto a sucessão do seu lugar como profeta da Igreja. Surgindo a partir daí dissidências e criações de diferentes organizações religiosas, embora mantendo a crença comum no livro de Mórmon. A organização com o maior número de membros seguiram a Brigham Young(que era presidente do quorum dos 12 apóstolos) como seu novo líder, passando este a ser considerado o segundo profeta de entre os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. A igreja se reinventou, abandonando gradualmente velhas práticas, como os casamentos plurais e buscando conquistar a simpatia da opinião pública e o apoio da classe política, principalmente do partido republicano[carece de fontes?]. Também, lançou um original e sistemático programa missionário, através do qual envia anualmente milhares de jovens entre 19 e 26 anos para um trabalho de proselitismo de dois anos ininterruptos, de forma a ser hoje a igreja cristã que mais cresce atualmente em todo o mundo (dados de 2002)[7]

Um outro grupo, um pouco menor, apoiou Joseph Smith III, filho de Joseph Smith Jr., como seu sucessor. Este segundo grupo ficou conhecido como A Igreja Reorganizada de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, sendo seu nome alterado para Comunidade de Cristo no início da década de 2000.

Ver artigo principal: Crise na sucessão da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

Crenças Mórmons
As crenças dos vários grupos dos Santos dos Últimos Dia variam de denominação para denominação, em comum creem na Bíblia e no Livro de Mórmon como fonte de fé, além da revelação progressiva.

A doutrina da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias inclui nuances distintos, como na concepção da trindade.

A Comunidade de Cristo possui uma teologia mais liberal, crendo que cada indivíduo possa encontrar a verdade por revelação.


A Igreja de Jesus Cristo (Bickertonita) prega o casamento pela eternidade. Praticam ósculo santo e lava-pés, utilizam pão e vinho na santa ceia. A profecia não é limitada ao presidente da igreja, podendo qualquer membro receber revelações.

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Strangita) guarda o sábado e por algum tempo incluia sacrifício de animais. Além da Bíblia e do Livro de Mórmon, possuem o Livro da Lei do Senhor, oriundo da revelação de Strang.

Mormonismo e Política

Muitos santos dos últimos dias se empenham ativamente em assuntos políticos e deveres cívicos. O 12.º artigo das Regras de Fé dos santos declara: "Cremos na submissão aos reis, presidentes, governadores e magistrados, como também na obediência, honra e manutenção da lei." Creem portanto, que ninguém pode violar as leis de seu país e ser um verdadeiro membro da igreja.

Os santos dão grande ênfase à cargos políticos. Considerado o primeiro profeta, Joseph Smith Jr. foi prefeito de Nauvoo, Mississippi e candidato à presidência dos Estados Unidos. Seu sobrinho, Joseph F. Smith que se tornou presidente da igreja em 1901, incentivou aos jovens a "aspirar aos grandes cargos que nossa nação tem a oferecer" .

O cumprimento das leis de seu país é muito importante para tais membros. O manual "Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Heber J. Grant" incentiva "que a reverência pelas leis seja sussurrada por toda mãe americana no ouvido dos bebês que ainda estão em seu colo; que ela seja ensinada nas escolas, colégios e faculdade, que seja escrita nas cartilhas, livros didáticos e almanaques, que seja pregada nas igrejas, proclamada nos salões legislativos e executada nos tribunais de justiça." Heber, apóstolo da Igreja SUD, ensinava que a "constituição dos Estados Unidos fora instituída por Deus".

O Livro de Mórmon em Alma 26:32 declara: "Preferiram sacrificar suas vidas a matar mesmo seus inimigos; e enterraram suas armas de guerra profundamente no solo, por causa de seu amor para com seus irmãos."

Entretanto, quando os santos são chamados para servirem nas forças armadas de seu país, aceitam. Durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, os membros da igreja lutaram contra si, porém a Primeira Presidência afirmou que "o Estado é responsável pelo controle civil de seus cidadãos ou súditos, por seu bem-estar político e pela implementação de normas políticas, no âmbito nacional e no exterior. (…) No entanto, a Igreja propriamente dita não tem nenhuma responsabilidade em relação a essas normas, [a não ser] a de instar seus membros a serem (…) plenamente leais a seu país" (Élder Russell M. Nelson do Quórum dos Doze Apóstolos – Conferência Geral "Bem Aventurados os Pacificadores" – Outubro/2002)

Brigham Young foi o primeiro governador de Utah e demonstrava grande honra ao governo. Quando o Estados Unidos resolveram guerrear contra o México em 1846, Young ordenou recrutamento do batalhão Mórmon para auxiliar seu país, abençoando-os com as seguintes palavras: "Deus os abençoe eternamente. Fizemos tudo isso para provar ao governo que éramos leais."[11]

Young declarou que os santos dos últimos dias são um povo "muito político" e que tais membros devem votar em "homens que apoiem os princípios de liberdade civil e religiosa".[12] Todavia, Joseph F. Smith declarou que "(…) a Igreja [de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias] segue a doutrina da separação entre igreja e estado. A Igreja não se envolve em política; seus membros podem pertencer ao partido político que decidirem seguir (…) não lhes é pedido, muito menos exigido, que votem dessa ou daquela maneira."[9]

Críticas

Assim como acontece a outros grupos e denominações religiosas, muitas críticas somam-se aos Santos dos Últimos Dias.

Algumas delas, sobre o Livro de Mórmon. Afirmam, por exemplo: Que os arqueólogos e cientistas não encontraram nenhum vestígio das civilizações citadas neste livro; Quanto a cidade de Zaraenla, o livro não dá detalhes onde essa cidade se localizaria em qualquer lugar das Américas; Há ainda a transcrição literal de textos bíblicos assim como a repetição da oração do "Pai Nosso" quando Jesus Cristo ensinou o povo como orar. Normalmente, os mórmons-sud defendem com veemência suas convicções e doutrinas (passadas e presentes). Embora, evitem o ataque direto a outras crenças.

Mórmons Famosos

Moroni Torgan, parlamentar brasileiro.
Mitt Romney, pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos em 2008.
Stephen R. Covey, autor do best-seller Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes.
David Neeleman, fundador da JetBlue Airways e da mais nova empresa aéra no Brasil.
David Archuleta, cantor e compositor norte-americano; concorrente do American Idol.
Tita, seleção brasileira.
Nolan Bushnell, co-fundador da empresa de videogames Atari, uma das primeiras do mundo.
Michael O. Leavitt, secretário Federal de Saúde e Serviços Humanos dos EUA.
Alan Ashton, inventor do processador de texto.
Stephenie Meyer, autora da série best-seller Crepúsculo.
Freddy Rincón, ex-futebolista da Seleção da Colômbia e do Corinthians

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Adocionismo



Adocionismo (AO 1945: adopcionismo), também chamado de adocianismo, é uma visão teológica do Cristianismo Primitivo, que professa que Jesus nasceu humano, tornando-se posteriormente divino por ocasião do seu batismo, ponto em que foi adotado como filho de Deus. Esta é uma das duas manifestações do monarquianismo; a outra é o modalismo, que trata o "Pai" e o "Filho" como dois modos do mesmo sujeito. O adocionismo entende que Cristo, como Deus, foi feito Filho de Deus pela geração e pela natureza, mas Cristo, como homem, é o Filho de Deus apenas pela adoção e graça, dispensada no momento de seu batismo.

O adocionismo é próprio do pensamento cristão primitivo. Havia, ao menor, duas concepções mais ou menos semelhantes (não necessariamente opostas) as quais devem emanar do seguinte:

No pensamento judeu, o Messias é um ser humano eleito por Deus para levar adiante sua obra: tomar os hebreus (um povo até então derrotado várias vezes por inimigos poderosos) e elevá-los por sobre todas as nações em uma espetacular inversão da história. Neste sentido, o Messias não é um Filho de Dues.
Na tradição grega existiam heróis elevados à condição divina depois de extraordinárias proezas ou façanhas, por meio da apoteose. O mais importante exemplo disto é Heracles, que depois de ser queimado vivo, é tomado por seu pai, Zeus, para governar ao seu lado. Devido ao predomínio do Império Romano, cuja orientação cultural era predominantemente grega na época dos primeiros cristão, é altamente provável que este exemplo estivera ao seu alcance.
Ao mesmo tempo, o adocionismo era psicologicamente interessante para os mesmos cristãos, já que estes eram uma comunidade pobre e atrasada, sendo fácil identificar-se com um herói como Jesus, ser humano qualquer que é eleito ("adotado") por Deus, e que dava esperanças de salvação aos próprios cristãos, tão humildes diante de Deus quanto seu herói máximo.

Um dos adocionistas mais famosos foram Teódoto o Curtidor, habitante de Bizâncio, que levou a pregação desta doutrina a Roma no ano de 190. ambém durante o século II, Paulo de Samosata e os seguidores do Monarquianismo expressaram visões semelhantes. A crença foi declarada herética pelo Papa Vítor I.

Uma segunda onda do adocionismo, chamada Hispanicus error, no final do século VIII, foi sustentada pelo Califato de Córdova e por Félix, bispo de Urgel, nas planícies dos Pirineus; Alcuin, líder intelectual da corte de Charlemagne foi chamado a refutar ambos os bispos. Contra Félix, ele escreveu:

"Como o Nestorianismo impiedosamente dividiu Cristo em duas pessoas por causa das duas naturezas, o vosso desconhecimento temerariamente dividiu-O em dois filhos, um natural e um adotivo".
O monge espanhol Beato de Liébana, junto o bispo de Osma, Etério, combateram o adocionismo, altamente defendido por Elipando. O credo foi condenado pelo segundo concílio ecumênico de Nicéia (em 787). Nos anos 794 e 799, os papas Adriano I e Leão III, condenaram o adocionismo como heresia nos sínodos de Frankfurt e Roma, respectivamente.

Uma terceira onda se deu com o "Neo-adocionismo" de Abelardo, no século XII. Posteriormente, vários modificaram as teses adocionistas no século XIV. Duns Scotus (1300) e Durandus de Saint-Pourçain (1320) admitiram o termo Filius adoptivus, num sentido qualificado. Em mais recentes tempos, o Jesuíta Vasquez e os luternos G. Calixtus e Walch, defenderam os adocionistas como essencialmente ortodoxos.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Maçonaria



A maçonaria universal utiliza o sistema de graus para transmitir os seus ensinamentos, cujo acesso é obtido por meio de uma Iniciação a cada grau e os ensinamentos são transmitidos através de representações e símbolos.

O nome "maçonaria" provém do francês maçonnerie, que significa "construção". Esta construção é feita pelos maçons nas suas Lojas (Lodges), alguns autores[carece de fontes?] dizem que a palavra é mais antiga e teria origem na expressão copta Phree Messen (Franco-maçon), cujo significado é "filhos da luz".

Na Idade Média havia dois tipos de pedreiros; o rough mason (pedreiro bruto) que trabalhava com a pedra sem lhe extrair forma ou polimento e o Freemason (pedreiro livre) que detinha o segredo de polir a pedra bruta.[carece de fontes?]


Indumentária utilizada pelos franco-maçons em suas lojas.A maçonaria, tal como a conhecemos hoje, [3] "foi fundada em 24 de junho de 1717, em Londres". O termo maçon (ou maçom), segundo o mesmo Dicionário, provém do inglês mason e do francês maçon, que quer dizer 'pedreiro', e do alemão metz, 'cortador de pedra'. A origem da maçonaria está ligada às lendas de Ísis e Osíris, Egito;[carece de fontes?] ao culto a Mitra,[carece de fontes?] vindo até à Ordem dos Templários e à Fraternidade Rosa Cruz.[carece de fontes?] Em 1723, o reverendo presbiteriano James Anderson publicou as Constituições da Maçonaria, sendo estes documentos universalmente aceitos até hoje como base de todas as lojas maçônicas.[carece de fontes?]

Ritos
Os ritos compostos por procedimentos ritualísticos, são métodos utilizados para transmitir os ensinamentos e organizar as cerimónias maçônicas.

De entre os principais, praticados no Brasil, destacam-se:

Rito Escocês Antigo e Aceito;
Rito de York;
Rito Schröder;
Rito Moderno;
Rito Brasileiro;
Rito Adonhiramita;
Rito Antigo e Primitivo de Memphis-Misraïm;

Colunas maçónicas.Já em Portugal, os principais utilizados são:

Rito Escocês Antigo e Aceito;
Rito de York;
Rito Moderno;
Rito Escocês Retificado.
No mundo, já existiram mais de duzentos ritos, e pouco mais de cinquenta são praticados actualmente. Os mais utilizados são o Rito de York, o Rito Escocês Antigo e Aceito e o Rito Moderno (também chamado de Rito Francês ou Moderno na Europa). Juntos, estes três ritos detém como seus praticantes mais de 99% dos maçons especulativos.

Lojas
Cada Loja Maçónica é composta pelo Venerável Mestre (ou Presidente), que preside e orienta as sessões, pelo Primeiro Vigilante, que conduz os trabalhos e trata da organização e disciplina em geral e pelo Segundo Vigilante, que instrui os aprendizes. O Orador, que sumariza os trabalhos e reúne as conclusões é coadjuvado pelo Secretário, que redige as actas e trata da sua conservação e é responsável pelas relações administrativas entre a loja e a obediência e junto com o Venerável Mestre. O Mestre de Cerimônias, que introduz os irmãos na loja e conduz aos seus lugares os visitantes, e ajuda o Experto nas cerimônias de iniciação, o Tesoureiro, que recebe as quotizações e outros fundos da loja e vela pela sua organização financeira, e por fim o Guarda do Templo (que alguns Ritos e lojas é só externo noutros é externo e interno e ainda noutros ambos são ocupados por irmãos diferentes) e que vela pela entrada do Templo são outros oficiais igualmente importantes. Os cargos do Venerável Mestre ao Segundo Vigilante são chamados as luzes da oficina, os demais cargos são chamados de oficiais.

Sociedade Secreta
Na Constituição do Grande Oriente do Brasil, art. 17, onde se especifica os deveres das lojas, sob a letra p vem a seguinte norma:

“nada expor, imprimir ou publicar sobre assunto maçônico, sem expressa autorização superior da autoridade a que estiver subordinada, salvo Constituições, Regulamentos Gerais, Regimentos Particulares, Rituais, Leis, Decretos e outras publicações já aprovadas pelos Poderes competentes. Toda e qualquer publicação atentatória dos princípios estabelecidos nesta Constituição ou da unidade da Ordem sujeitará os seus autores às penalidades da Lei”.[4]

É rigorosamente proibido aos profanos (não-maçons) tomar parte nas sessões comuns das lojas, como está relatado no art.19, parágrafo único, da Constituição:

“As oficinas, sob nenhum pretexto, poderão admitir em seus trabalhos maçons irregulares; deverão identificar os visitantes pela palavra semestral”.[5]


A Maçonaria à luz da Bíblia

Tese deste estudo -> é impossível a um verdadeiro cristão ser fiel a Cristo e ao mesmo tempo ser membro de uma sociedade secreta dominada por homens e princípios anti cristãos.

Textos básicos:

‘Não vos ponhas em jugo desigual com os incrédulos’ - II co.6:14-17
‘Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios’ - Sl.1:1
‘..vos aparteis de todo irmão que anda desordenadamente..’II Ts.3:6
‘..retirai-vos dela povo meu, para não serdes cúmplices dos seus pecados e para não participardes dos seus flagelos.’ Apoc. 18:4

Introdução

Fontes de pesquisas usadas neste estudo:
1. A Bíblia Sagrada;
2. Resumos, análises e aplicações do estudo: ‘A Maçonaria Livre e a Cristandade’, do Dr. Alva J. Mclain. Estudos impressos no Jornal, ‘O Batista Regular’ com os direito cedidos pela The Brethren Missionary Herald Company.
- O Dr. Alva Maclain deixa que a Maçonaria seja justificada ou condenada por suas próprias palavras conforme Mat. 12:37.
- Cita trechos da Enciclopédia Maçônica por Albert G. Mackey [tido como a maior e mais conceituada autoridade sobre Maçonaria, sendo inclusive maçom no 32º grau, escritor de muitos livros sobre a maçonaria, sendo a enciclopédia de mil páginas a sua obra prima, a qual dedicou 30 anos de sua vida].
3. O livro: ‘Haja Luz’ - Tradução de Mário Amaral Novais - Com vários testemunhos de importantes homens de Deus sobre a Maçonaria.
4. O livro: ‘O Que É A Maçonaria’ - Autor: Curtis Masil - Adepto da maçonaria.
5. O livro: “ Seitas E Heresias, Um Sinal Dos Tempos” - Autor: Raimundo F. de Oliveira. - Escritor Evangélico.
6. O livro: ‘Religiões, Seitas E Heresias’ - Autor: J. Cabral - Escritor Evangélico.

** Usaremos em grande medida o método do Dr. Alva J. Mclain. Deixar a Maçonaria falar e depois mostrar como a Bíblia a contraria, não deixando para o autentico cristão outra alternativa a não ser não ter nada com ela e ainda denunciar os seus erros.


I. Maçonaria afirma ser uma instituição religiosa

* Citando a Enciclopédia Maçônica:
1. “ Afirmo sem nenhuma hesitação que a Maçonaria é, em todo o sentido da palavra, exceto em uma pelo menos filosófica, eminentemente uma instituição religiosa... Olhe os pontos de referência antigos -- cerimônias sublimes, símbolos profundos e alegorias -- todos apontando doutrina religiosa, ordenando observância religiosa e ensinando verdades religiosas. E quem pode negar que seja eminentemente religiosa?”

*** A maçonaria é uma religião, e é impossível negar isto. O Cristianismo é a única religião verdadeira, e se provarmos que ela não está de acordo com o Cristianismo teremos provado que ela é uma religião falsa e diabólica. A Enciclopédia Maçônica na página 619 diz: “ a religião da maçonaria não é o Cristianismo”. Texto que mostra o Cristianismo como a única religião verdadeira, e que todos os outros fundadores de religiões são “ladrões e salteadores”. (João 10:7-10).


II. Maçonaria classifica o cristianismo como religião fanática.
- A maçonaria classifica o cristianismo como religião fanática, enquanto gaba-se de sua própria “Universalidade”.



A) O Dr. Alva Mclain faz a pertinente pergunta: “ Pode um cristão pertencer ou sustentar uma religião que não seja o Cristianismo ?

-Ele responde citando Gal. 1:8-9, dizendo que a maldição de Deus é contra qualquer religião que não seja o cristianismo.



1. “ A religião da Maçonaria não é fanática. Ela admite homens de todas as crenças no seu meio hospitaleiro, não rejeitando nem aprovando nenhum por sua fé peculiar. Não é judaísmo, nem cristianismo...” (Pg. 619)



2. “Não se mete com crenças fanáticas ou doutrinas, mas ensina a verdade da religião fundamental’ (Pg. 618)



3. “ se a maçonaria fosse simplesmente uma instituição religiosa, o judeu e o muçulmano, o brâmane e o budista não poderiam conscienciosamente participar de sua iluminação, mas a universalidade é a sua exaltação. em seu altar homens de todas as religiões podem ajoelhar-se. na sua crença, discípulos de qualquer fé podem alistar-se “ (Pg.439)



** Nesta citações a Maçonaria coloca-se acima do Cristianismo e de todas a religiões, como a única que tem a verdade universal, além disso coloca o Cristianismo lado a lado com as outras religiões e Cristo lado a lado com o falsos profetas que as fundaram. Isto é uma blasfêmia. Cristo é o Salvador o Salvador Universal e o Cristianismo é a verdade fundamental e eterna. (vide: Dn. 7:13-14; Jo. 1:29; 12:32; I Jo. 2:2; Fp. 2:9-11)


III. A Maçonaria não confessa a Jesus Cristo como Salvador e Deus. Portanto o deus da Maçonaria não É o Deus Verdadeiro.

- Dr. Alva Mclain afirma: “ A Maçonaria tem um Deus -- você não não pode tem uma religião sem um deus. e este deus tem um nome. Repetidas vezes na Enciclopédia Maçônica encontram-se as iniciais ‘ gaotu ‘ . este é o deus que os maçons adoram no altar deles. algumas vezes outros nomes são aplicados a ele, mas de acordo com Mackey, ‘gaotu’ é o nome técnico maçônico (Pg. 310 da Enciclopédia Maçônica).



*** Três declarações sobre o Deus Verdadeiro e Seu Cristo:
1ª) Há somente um Deus Verdadeiro. Este Único Deus Verdadeiro existe em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Porém, não há três deuses. Há somente um Deus;
2ª) Este Único Deus Verdadeiro veio ao mundo em carne e não a outro Salvador além de Jesus Cristo; (Jo.1:1,14; I Jo. 5:20; At. 4;12)
3ª) O Único Deus não pode ser confessado, honrado, conhecido e adorado sem que isto seja por intermédio de Jesus Cristo. (I Jo.2:23; Jo.5:23)

*** Se um homem recusa a confessar e a adorar a Jesus Cristo como Deus, ele está negando ao Deus verdadeiro, é um anticristo. (I Jo. 4:3)

*** A Enciclopédia Maçônica diz: ‘ não há nada nela (Maçonaria) para ofender um judeus’ - Pg. 619)

--> O que ofende aos judeus, que por isto tem o cristianismo como blasfemo, é a declaração deste Cristianismo de que Jesus Cristo é o seu Salvador e Deus (Jo. 10:30-33).

--> Portanto, a Maçonaria não confessa o Deus verdadeiro nem o seu Divino Cristo, por isto, podemos declarar à luz da bíblia que ela nada mais é do que uma Religião Pagã e idólatra. Não há lugar nela para um verdadeiro cristão.


IV. A Maçonaria é uma religião idolátrica, sincretista e pagã.


* Assim diz Jorge Buarque Lira, pastor Presbiteriano, maçom, sobre o patrono da maçonaria: “ o santo que a Maçonaria adotou como patrono... é São João Esmoler, filho do rei de Chipre... digno... por suas virtudes...” Também, conhecido por São João de Jerusalém.

* Todas as cerimônias são iniciadas no nome de um “santo” qualquer. Ferindo o mandamento de Ex. 20:3, ‘Não terás outros deuses diante de mim’.

* Princípio Bíblico: toda adoração e confissão a qualquer deus além do Deus triúno é idolatria. (I JO. 5:20-21; I CO. 6:9-10).

* A Enciclopédia Maçônica diz: “O germe e núcleo de toda a maçonaria está em ser funda nos três graus primitivos” (Pg. 753).

--> Aqui cito o livro: “O Que É A Maçonaria” de Curtis Masil. É um livro que tenho em minha biblioteca pessoal, cujas citações são diretamente dele.

* Os 33 graus da maçonaria (segundo o Rito Escocês, o mesmo que domina a maçonaria inglesa, francesa e latino-americana, aonde está incluída a brasileira)

Aprendiz
Companheiro
Mestre
Mestre Secreto
Mestre Perfeito
Secretário Íntimo
Intendente Dos Edifícios
Mestre Em Israel
Eleito Dos Nove
Ilustre Eleito Dos Quinze
Sublime Cavalheiro Eleito
Grão Mestre Arquiteto
Real Arco
Grande Eleito
Cavaleiro Do Oriente
Grande Conselheiro (Príncipe De Jerusalém)
Cavalheiro Do Oriente E Do Ocidente
Soberano Príncipe Rosa-Cruz
Grande Pontífice
Venerável Grão Mestre
Cavaleiro Prussiano Ou Noaquita
Cavaleiro Real Machado, Ou Príncipe Do Líbano
Chefe Do Tabernáculo
Príncipe Do Tabernáculo
Cavaleiro Da Serpente De Bronze
Escocês Trinitário Ou Príncipe De Mercy
Grande Comendador Do Templo
Cavaleiro Do Sol Ou Sublime Eleito Da Verdade
Grande Escocês De Santo André Da Escócia, Ou Grão Mestre Da Luz
Grande Inquisitor, Cavaleiro Kadosh, Ou Cavaleiro Da Águia Branca E Negra
Grande Juiz Comendador Ou Inspetor Comendador
Sublime Príncipe Do Real Segredo
Soberano Grande Inspetor-Geral.



*** Nos três primeiros graus, nos quais a Enciclopédia Maçônica esta fundada a própria Maçonaria, tendo neles o seu germe e núcleo, exclui totalmente a pessoa de Cristo.

*** O Ritual de iniciação na Maçonaria: “ Entra-se para uma dessas lojas mediante um rito de iniciação, loja essa que possui, no mínimo, sete membros: o venerável mestre, dois vigilantes, o orador, o secretário, o companheiro e o aprendiz.

O noviço, para torna-se aprendiz, tem de submeter-se a certas provas e meditações, além de responder a certas perguntas e redigir um testamento. Depois, de olhos vendados, é admitido no templo; presta juramento, recebe o avental e um par de luvas.

Um ano depois, pode aspirar a ser eleito companheiro, depois o de mestre, assim em diante.” (livro: ‘O Que É A Maçonaria’ Pg. 21)

---> Toda reunião da Maçonaria começa e termina com oração, só que nenhuma oração pode ser feita em nome de Jesus Cristo, e até as leituras bíblicas são feitas sem mencionar o nome de Cristo, para não melindrar membros de outras religiões não cristãs.

---> O nome de Cristo é tirado não só dos três primeiros degraus, como só é permitido a Cristãos se reunirem para falar de Cristo em lugar reservado, no mesmo pé de igualdade com os budistas, maometanos, espíritas, e isto após ter passado pelos 3 primeiros degraus. Isto vai de encontro a preeminência devida só a Cristo (Col.1:18).


V. A Maçonaria Mutila A Bíblia Quando Faz Citação Da Mesma



* A Enciclopédia Maçônica na Pag. 271, faz citação de I Ped. 2:5.

(“As passagens da Escritura aqui selecionadas são particularmente apropriadas para esses graus... as passagens feitas com indiferença. mas modificações necessárias so segundo capítulo da primeira epístola de Pedro...”)

Além de dizer que as passagens são citadas com indiferença, ainda fala claramente que foram feitas modificações necessárias. Que modificações foram feitas? - Quando a citação feita por eles, percebemos claramente a ausência do nome de Jesus Cristo, que esta naquela passagem, mas que eles apagaram ou não colocaram. Acham que podem ir ao Arquiteto Do Universo sem por Cristo (Jo.14:6).


VI. Para se tornar membro da Maçonaria o crente tem desobedecer a Cristo



1. O juramento exigido pela Maçonaria de ocultar e nunca revelar os segredos da Maçonaria é condenado na Bíblia (Mat. 5:34,35; Tg. 5:12).

** Os três ritos abaixo estão no livro: ‘Seitas E Heresias...’ de Rdo. F. de Oliv.

a) O Juramento Do Rito Escocês
“ Eu, Fulano de Tal, juro e prometo, de minha livre e espontânea vontade, sem constrangimento ou coação, sob minha honra e segundo os preceitos de minha religião, em presença do Supremo Arquiteto do Universo, que é Deus, e perante esta assembléia de maçons.. solene e sinceramente jamais revelar os mistérios, símbolos ou alegorias que me forem explicados e que forem confiados , senão ao um maçom regular.... se eu faltar a este juramento, ainda mesmo com medo da morte, desde o momento em que cometa tal crime, seja declarado infame sacrílego para com Deus e desonrado para com os homens. amém - amém.

b) O Juramento Do Rito Adoniramita
“ Neste rito, no momento em que o profano vai prestar o juramento, bebe o gole da taça sagrada.
“ juro guardar silêncio mais profundo sobre todas a provas a que for exposta minha coragem. Se eu for perjuro e trair meus deveres. consinto que a doçura desta bebida se converta em amargor e o seu efeito salutar em mortal veneno. “

c) O Juramento Rito Francês
“Juro e prometo sobre os estatutos gerais da ordem e sobre esta espada, símbolo de honra, etc. Consinto, se eu vier a perjurar, que o pescoço me seja cortado, o coração e as entranhas arrancadas, o meu corpo queimado, reduzido a cinzas, e minhas cinzas lançadas ao vento, e que minha memória fique em execração entre todos os maçons. O Grande Arquiteto do Universo me ajude! “

2. A Enciclopédia Maçônica diz: “A obrigação de todo maçom é o obedecer ao mandato do mestre’ (Não Cristo e sim, o mestre da loja maçônica)

3. Deus exige obediência irrestrita e exclusiva a Cristo. (Jo. 14:15; I Jo.2:3; At. 5:29)

4. O rito de iniciação exige indiretamente que o crente renegue a sua fé. Senão vejamos, esta citação do Jornal: O Batista Regular:

“ Iniciação Do Aprendiz - após umas batidas regulares na porta do templo, diz o guarda do templo ao venerável mestre: ‘ profanamente batem à porta do templo, Venerável Mestre’. Diz o Venerável: ‘ Verificai quem é o temerário que ousa interromper nossas meditações’... Então o maçom que o acompanha, o Experto, responde: ‘Suspendei vossa espada, irmão Guarda do Templo, pois ninguém ousaria entrar neste recinto sem vossa permissão’. ‘Desejoso de ver a luz, este profano vem humildemente buscá-la ‘.

** Como poderia um crente se chamar a si mesmo de profano e sem luz depois de ter encontrada a Luz de Cristo. Isto implica numa apostasia e negação da fé.


VII. O Caminho De Salvação Ensinado Pela Maçonaria Não É Jesus Cristo

* O caminho de Salvação por obras ensinado pela Maçonaria é representado por escada.

Assim diz a Enciclopédia Maçônica:

“ esta escada é um símbolo de progresso... Seus três primeiro degraus a fé, a esperança e a caridade, mostram-nos os meios como avançamos da terra para o céu, da morte para a vida, do mortal para o imortal. Portanto, seu pé é colocado no andar térreo da loja maçônica, a qual é o tipo do mundo e seu cume a loja, a qual é símbolo do céu “. (Pag. 361).

** A fé, a esperança e a caridade da maçonaria não estão baseadas em Cristo e sim em obras humanas, que jamais poderiam purificar-nos . (Ef. 2:8,9; Ap.1:5,6).

VIII. A Maçonaria é uma grande força ecumênica e ecumenizante

* Citação de um trabalho feito pelo Pr. Manoel Moraes e apresentando da AIBREB:

“O desenho do templo e das lojas são para representarem o Templo de Salomão, segundo eles foi o unificador de todas as religiões.

* “Nas lojas maçônicas cristãs haverá a Bíblia; nas judaicas, haverá o Velho Testamento; nas maometanas, haverá o Alcorão; nas budistas, o Tripitaca. etc. “

* “O Grande Arquiteto do Universo é a expressão mais ecumênica que pode existir. afirmam que todas as religiões têm pontos em comum... tanto Hermes, Zarathustra, Orfeu, Krisna, Moisés, Pitágoras, Platão, Cristo e Maomé todos foram mensageiros da verdade única, e através de suas mensagens puderam dar um evangelho de união, de fraternidade para que amando o próximo a alma se religue entre si e o o Supremo.

*** Este ecumenismo da maçonaria é semelhante ao que dará origem a Grande Igreja Apóstata do Fim dos Tempos, chamada de a Grande Meretriz (Apoc.17,18).

*** A ordem para maçons que se convertem é está: ‘...retirais-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices dos seus pecados, e para não participardes dos seus flagelos’ (Apoc. 18:4)

IX. Grandes homens de Deus testemunharam contra a Maçonaria

D.L. Moody - ‘ Não posso ver como uma cristão, quanto mais um pastor, pode adentrar essas lojas maçônicas com incrédulos. Não há mal que resulte o bem. Você nunca reformará qualquer coisa através de um jugo desigual com os ímpios’.

Peter Cartwright - ‘ a maçonaria se originou com o Diabo e terminará com o Diabo’.

Charles G. Finney - ‘É uma verdadeira conspiração com a igreja e o estado’. [Evangelista e Advogado].

R.A.Torrey - ‘Não entendo como um crente inteligente e consagrado possa pertencer a uma sociedade secreta. É uma óbvia desobediência ao mandato especifico de Deus em ii cor.6:14-18)

Charles a. Blanchard - ‘Toda maçonaria é anti cristã. Seus próprios princípios são anti cristãos. Maçonaria é secreta; cristianismo é aberto; maçonaria é para poucos; cristianismo é para todos; maçonaria exige juramentos de sangue; cristianismo diz: não jureis de modo nenhum. Maçonaria requer dinheiro e iniciação; cristianismo requer arrependimento e fé. Mas, de toda obra sacrílega anticristã e blasfema da maçonaria, nada é mais asqueroso e horripilante do que os chamados graus cristãos.’

Harold Reimer - ‘Só posso encarar a alegação da maçonaria, de ter mais luz do que a própria luz (Jesus), como ofensa muito grande à pessoa de Jesus Cristo, senão uma blasfêmia’.

Charles Herald - ‘Em primeiro lugar vi uma igreja inteiramente arruinada em sua espiritualidade e em seu eficiente serviço cristão, porque o seu conselho se compunha principalmente de maçons e de homens pertencentes a outras ordens secretas.’... ‘Em segundo lugar vi crentes, às dezenas, tornarem-se mundanos e abandonarem a igreja, quando começaram a freqüentar regularmente as reuniões da loja.

** Aqui vemos o resultado de tentar seguir a dois senhores. O crente não pode servir a Cristo e a uma instituição aonde Cristo não é o Senhor absoluto.


X. A Posição Das Igrejas Batistas Regulares Do Brasil Em Relação A Maçonaria. [ Proposta aprovada na sua 12ª Assembléia ].


“ levando em conta, entre outros, os seguintes ítens:

1) - que o ingresso e a permanência na maçonaria são contrários ao ensino bíblico de separação.
2) - que a prática de compromisso com a maçonaria é incoerente com o modo de vida cristão.
3) - que existe na maçonaria um forte elemento de religião.
4) - que a busca de luz na maçonaria é uma contradição com o estudante da bíblia.
5) - que para a maçonaria a verdadeira irmandade está em sua comunidade e que todos que estão fora de suas fileiras são chamados de profanos.

“ a comissão faz a seguinte proposta:

1) - que seja reafirmada a posição da Associação contrária a maçonaria e outras sociedades secretas;
2) - que sejam exigido das igrejas que vierem pedir filiação à AIBRB, documentos mostrando a sua posição contrária às sociedades secretas.
3) - que seja solicitado das igrejas já filiadas, o referido documento, dando-se no entanto, um prazo de dois anos’ (reduzido de cindo para dois por uma emenda).
4) - que a AIBRB faça um apelo com base no amor cristão, aos crentes filiados à maçonaria, para que, por amor a Cristo e ao trabalho de Deus que nos foi confiado, afastem-se de tal sociedade.
5) - que fique esclarecido às igrejas e aos obreiros do nosso movimento que, depois de dois anos, referido no ítem 3, caso não tenham ainda aceito os princípios seguidos por nossa associação, com respeito ao assunto em pauta, se excluam a si mesmos, para evitar maiores problemas no movimento.
6) - que as igrejas sejam aconselhadas pela associação no sentido de que na escolha dos seus pastores, tomem cuidado no sentido de sondarem a posição do obreiro acerca do assunto.


Conclusão:

** Não tratamos de todos os assuntos acerca da Maçonaria, pois alguns julgamos de menor magnitude, tais como: o seu aspecto histórico, muito cercado de lendas e folclore; o seu aspecto filantrópico, que beneficia quase que exclusivamente o seus próprios membros; a sua norma de não permitir a entrada de mulheres, se bem que já existe maçonaria só para mulheres; A descrição e explicações de todos os seus símbolos e sinais herdados do paganismo Egípcio e Babilônico; A sua predição pelo esoterismo e coisas do oriente.

No Entanto o que aqui ficou registrado é suficiente para nos deixar indesculpáveis.

1. É nosso dever estar preparados a responder com mansidão a razão da nossa fé, especialmente aqueles que a contradizem. I Ped. 3:15.

2. Muitos se deixarão enganar pelo brilho reluzente do falso anjo de luz, comandante dos falsos ministros de justiça, fundadores e seguidores de falsas religiões. II CO. 11:13-14.

3. Muitos estão na dúvida se a maçonaria é ou não um lugar para cristãos. Acredito que este estudo ajudá-los-a a sair da dúvida. É o nosso desejo e oração. Jud. 22,23.

4. Depois do exposto temos certeza que ficamos livres do sangue de toda aquele que se tornar cúmplice dos pecados da maçonaria e participante dos seus flagelos. Es. 3:19-21.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Marcionismo - Heresia

Marcionismo - Seus erros e contribuições


Introdução

1.0 Conhecendo a história da igreja
1.1 origem da igreja
2.0 Marcionismo
3.0 Doutrinas marcionitas
4.0 Contribuições
4.1 Credo
4.2 Cânon
4.3 Unidade da Igreja
Conclusão
Bibliografia


Introdução


A História tem sido um grande instrumento de ajuda para os lideres da Igreja moderna, principalmente no tocante a questão das heresias e dos erros teológicos, pois os apologistas de hoje podem aprender com os erros e acertos dos apologistas do passado, e assim resolverem da melhor forma as questões que se lhes apresentam.


O presente trabalho aborda um movimento herético nos idos do II século d.C, tendo como seu líder e fundador Marcion ou em outra grafia Marcião, o movimento ficou conhecido como Marcionismo e chegou a ameaçar o Cristianismo ortodoxo, com a emancipação de suas idéias contrárias a teologia cristã. O Marcionismo é aqui apresentado como movimento que muito prejudicou a Igreja Antiga, com suas doutrinas errôneas e seu anti judaísmo, e ainda é analisado também o seu aspecto positivo, o que levou a igreja de então a se mobilizar e a organizar o seu credo e fortalecer sua unidade em torno de um chefe maior no caso o Papa, e ainda a agilizar o processo de canonização das Sagradas Escrituras do Novo Testamento.

1.0 Conhecendo a história da igreja

Não podemos entender o contexto histórico do movimento de Marcião, sem primeiro voltarmos um pouco no tempo, mais precisamente aos primórdios da história do Cristianismo, onde poderemos observar o início da Igreja de Jesus Cristo, bem como o desenvolvimento dessa mesma Igreja até nos situarmos perante o movimento a ser estudado, no caso o Marcionismo na Igreja Antiga e suas contribuições.

1.1 Origem da Igreja.
Quanto a origem da Igreja encontramos várias divergências entre muitos autores de história do cristianismo, dado as diferentes interpretações de cada um. Alguns colocam sua origem quando do nascimento de nosso senhor Jesus Cristo, outros por sua vez, retrocedem um pouco e afirmam sua origem já na plenitude dos tempos, baseando essa assertiva nas declarações do Apóstolo Paulo, registradas na carta aos Galátas ?Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei Gl 4.4?. E ainda outros avançam um pouco e põem a origem da Igreja na responsabilidade dos Apóstolos, uma vez que o próprio Cristo não deixou nada escrito, cabendo assim aos Apóstolos através do Espírito Santo a responsabilidade da fundação e organização da Igreja de nosso senhor Jesus Cristo. ?Cristo é mais o fundador do que o fundamento da Igreja. Isto fica evidente pelo uso do tempo futuro que faz em Mateus 16.18, ao dizer: sobre esta pedra edificarei a minha igreja?¹ Assim a igreja desenvolveu-se no espírito missionário, mormente com o Apostolo Paulo suas viagens, onde fundou a igreja e consagrou vários presbíteros que ficaram pastoreando as recém fundadas igrejas. Com o Cristianismo em crescimento foram surgindo novos personagens, e uma vez que os apóstolos foram morrendo, alguns sofreram martírio, outros nada se sabe sobre suas mortes, ficando a direção da igreja para os chamados Pais Apostólicos como Clemente de Roma, Inácio, Policarpo, Papias, que continuaram as obras doa apóstolo.

A Igreja de Jesus sempre enfrentou problemas os mais diversos, mais dois destes, chamaram mais atenção aos lideres espirituais da época, que foram as perseguições e as heresias, podemos até chama-los de problemas externos e internos. Tendo que lutar para sobreviver ante as mais terríveis perseguições primeiro por parte dos Judeus, depois do Império Romano, ordenado por Imperadores cruéis e assassinos excêntrico e não bastasse isso ainda havia o problema com as heresias, do qual os Cristãos sinceros tinha que lutar, para assim levarem avante um Cristianismo puro e singular. Foi nesse contexto histórico que o marcionismo surgiu e que juntamente com tantos outros, causaram vários transtornos a Igreja de Cristo.

2.0 Marcionismo

Marcion ou Marcião era natural de Sinope, no ponto, Ásia Menor, junto ao Mar Negro, atualmente parte do território da Turquia, segundo relatos era filho de Cristãos, sendo inclusive seu pai um bispo, tendo sido expulso da congregação pelo próprio pai. Marcion deixou sua cidade natal em 138 d.c , com destino a Roma, onde tornou-se um influente Mestre Cristão, pois dominava perfeitamente a arte do convencimento, assim levando verdadeiras multidões a abraçarem suas doutrinas, sendo um homem de muitas posses, pois lucrara muito com seus negócios, não hesitou em oferecer uma grande quantidade de dinheiro para a igreja romana. Quando finalmente mostrou para o que realmente viera, em 144 d.C, fundou uma escola gnóstica que se opunha contra o cristianismo ortodoxo, foi afastado da Igreja e seu dinheiro devolvido ?Marcião veio de Sinope, no ponto, para Roma e ofereceu à igreja uma grande soma de dinheiro. Em 144 foi afastado por causa de seus ensinos, e seu dinheiro foi devolvido?².


Dessa forma Marcion se entregou a uma grande obra missionária, a fim de propagar suas idéias heréticas e fortalecer cada vez mais sua igreja, seus esforços foram recompensados pois esta igreja cresceu grandemente, tendo se organizado inclusive com Obreiros e Missionários que não hesitavam em propagar a nova fé dentro do território controlado pelo Império Romano, Mesopotâmia e Pérsia dando suas vidas para que a mensagem de Marcion chegasse nos lugares mais ermos, muitos destes Obreiros e Missionários foram tão fiéis a causa de Marcion, que chegaram inclusive ao martírio, não negando a sua fé sob hipótese alguma, eram perseguidos e não retaliavam, tinham ainda o seu próprio credo, Marcion foi uma pessoa altamente organizada, de pensamento positivo e futurista, pensava ele que a sua igreja seria uma igreja solida e que duraria quem sabe? Para sempre, seria a igreja verdadeira e que um dia encontraria com o seu Senhor nos ares. Ele foi um profundo pesquisar dos escritos do Apóstolos Paulo, daí tenha adquirido essa postura de um homem que pensava sempre positivo e que tinha promessa de Deus, Marcion com certeza se apossou dessas qualidades do apóstolo, pois ele se auto intitulou discípulo de Paulo e como tal seria o único capaz de interpretar o que Deus revelara ao seu servo. Pensando assim Marcion pôde se antecipar a Igreja Antiga no tocante a criação do seu credo, fato esse só realizado depois das heresias de Marcion.

No entanto devemos atentar, para o fato de que com certeza o próprio Apóstolo Paulo, se vivo fosse teria sido o mais ferrenho opositor deste seu discípulo, uma vez que elementos essenciais da fé cristã estavam sendo deturpados pelas falsas idéias de Marcion, não é a toa que Igreja Antiga não mediu esforços para combater esse movi mento herético nos primórdios de sua existência.

O que sabemos a respeito de Marcion devemos principalmente aos seus mais notórios oponentes como Tertuliano e Epifânio, sendo que o primeiro escreveu uma obra em cinco volumes intitulado: contra Marcião. Pelo que se sabe Marcion escreveu uma obra apologética sobre seus ensinamentos e sua pessoa, no entanto esta obra perdeu-se no tempo. Marcion fundou várias igrejas e como o Apóstolo Paulo sempre viajava visitando suas igrejas, procurando resolver problems, bem como fortalecer o movimento cada vez mais entre os fiéis. Marcion morreu no ano 160 d.C, tendo o seu movimento seguido em frente, persistindo sua igreja no Ocidente aí pelo século IV d.C, e no Oriente até o século VII d.C, quando desapareceu completamente. Marcion era do tipo inconformado com o que se lhe apresentava, não respeitava tradições, e se opunha à tudo que fosse originário do judaísmo.

Marcião não era do tipo que devia ser considerado respeitador de tradições. Antes valia o contrário a seu respeito. Marcião negou, por exemplo, a interpretação cristã do Antigo Testamento, a Bíblia da Igreja Antiga. O Javé dos judeus, dizia ele, é um deus imperfeito. A criação de Javé não é uma bênção, mas uma sem-vergonhice! Pois é uma asneira criar o ser humano para depois lançá-lo à perdição com a queda e, finalmente, levá-lo à salvação....Marcião considerou, ainda, o ato de gerar e de parir uma grande indecência de Deus. Referindo-se à localização da vagina, afirmou: ?Nascemos entre as fezes e a urina?(interfaeces et urinam nascimur).³

Marcion criou um verdadeiro repúdio ao judaísmo, bem como ao seu Deus, o qual ele chamava de demiurgo, e imperfeito, assim só aceitava a revelação de Jesus Cristo como sendo o Deus verdadeiro, pois sua mensagem é a do amor e misericórdia, enquanto que a mensagem do Deus do Antigo Testamento era de crueldade. Na verdade Marcion não soube compreender a revelação de Deus no Antigo Testamento e a revelação de Deus através do seu filho Jesus no Novo Testamento, cria ele que o deus do Antigo Testamento não era o Deus verdadeiro mais sim o deus do Antigo testamento que tinha encerrado a sua criação debaixo da lei, sendo ele um deus imperfeito, consequentemente este mundo criado por ele tinha que ter os seus problemas. Assim precisou o Deus verdadeiro se manifestar na pessoa de Jesus Cristo, aí sim este seria o Deus verdadeiro, amoroso e que usa de misericórdia para com as pessoas, e que veio trazer redenção a raça humana, mas o deus mau do Antigo Testamento, irado, com a aprovação da obra de Cristo, providenciou a sua crucificação, no entanto a pós a ressurreição Cristo aparece perante o deus mau ou demiurgo como Marcion chamava e resgatou a raça humana, tornando-se a cabeça de toda a humanidade.

3.0 Doutrinas Marcionitas

Marcion rejeitava peremptoriamente os escritos do Antigo Testamento, dessa forma cria ele ser o instrumento usado por Deus para fazer uma verdadeira limpeza nos escritos do Novo Testamento, os quais devido uma má interpretação da Igreja Antiga, estavam cheios de elementos judaizantes, assim desenvolveu o que podemos chamar de o primeiro cânon até hoje conhecido, o qual era composto de duas partes, que ele denominou de: O evangelho, essencialmente composto das partes que ele considerava como autenticas do Evangelho de Lucas e outra que ele chamou de O apóstolo, continha 10 cartas do Apóstolo Paulo.

Marcion não foi autor de nenhum evangelho, nem tão pouco em sua época foi escrito algum, o que conhecemos como O evangelho de Marcion, é na verdade uma forma modificada do Evangelho canônico de Lucas, adaptado a doutrina marcionita, com a retirada do que ele não aceitava e inclusão do que ele bem entendia e queria. Uma vez que Marcion negava completamente os Apóstolos de Cristo, chegando inclusive a chama-los de pseudo-apóstolos, alegando que todos foram infiéis, quando da prisão e morte de Jesus, não podia ele aceitar em hipótese alguma os demais evangelho, até porque todos os Apóstolos eram Judeus, por isso Deus levantou à Paulo que era o único e verdadeiro apóstolo de Cristo, para revelar a verdadeira essência de Deus através dos seus escritos, no entanto a Igreja também havia interpelado os escritos de Paulo e enxertado os elementos judaizantes, e mais uma vez Marcion entra na história para promover a limpeza também nas Epistolas Paulinas, tendo ele se auto nomeado como representante de Paulo, só ele poderia levar adiante a obra que o apóstolo teria começado, assim Marcion abriu várias Igrejas e passou a cuidar deles como Paulo fazia com todas as igrejas que abrira.

Marcion, cria que o cristianismo era uma nova revelação e não tinha nenhuma ligação com o judaísmo, pelo contrário o cristianismo surgiu para substituir o judaísmo, para ele Cristo não veio em carne, apenas parecia que tinha um corpo real, uma espécie de ilusão, aí podemos apreciar sua aproximação com o gnosticismo, pregava que o casamento era corrupto e recomendava uma vida asceta para os seus seguidores.

A vida cristã sincera, para Marcion, é melhor cumprida quando o indivíduo segue o ascetismo. Os homens enganam a si mesmos quando se tornam parte do mundo, esperando, ao mesmo tempo que possam derrotar as obras da carne. É recomendável não somente que o homem evite a sensualidade, mas também que evite o casamento, que inevitavelmente é corruptor.4

O Marcionismo também utilizava o batismo pelos mortos, que foi citado pelo Apóstolo Paulo em I Co 15.29, esta prática até onde se sabe através da história, foi observada pelos montanistas e os marcionitas, além de ser uma prática e importante doutrina dos mórmons.

4.0 Contribuições

O Marcionismo foi um movimento que forçou a Igreja Antiga a se movimentar em sua defesa, a fim de colocar o verdadeiro Cristianismo devolta ao seu devido lugar, essa seita herética, trouxe ainda que indiretamente três grandes contribuições para a Igreja, a saber apressou o processo de formação do cânon do Novo Testamento e credo ortodoxo e a organização da Igreja.

4.1 Credo

Os credos são muito importantes para a Igreja seja em que tempo for, na realidade credo é uma profissão de fé, um conjunto de idéias e opiniões que constituem os princípios de uma doutrina, assim o credo deve ser obedecido e guardado por todos aqueles que professam uma determinada fé.

O movimento marcionita ajudou indiretamente na formação desse credo, pois a Igreja sentindo-se ameaça pelo movimento, o combateu de pronto, porém necessitava de uma formação sólida para que nenhum outro movimento pudesse ameaçar novamente a sua fé, então foi confeccionado o primeiro credo ortodoxo no ano de 150 d.C, que ficou conhecido como credo batismal, tinha o seguinte teor:
Creio em Deus, o Pai, onipotente,
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
Nascido do Espírito Santo e da virgem Maria,
Que foi crucificado sob Pôncio Pilatos e sepultado,
Ressuscitou no terceiro dia de entre os mortos,
Subiu aos céus,
Está assentado à direita do Pai,
De onde virá para julgar vivos e mortos:
E no Espírito Santos, a santa Igreja, a remissão dos pecados, a ressurreição da carne.

Este foi o primeiro credo que a Igreja Antiga formulou logo após a investida de Marcion, com suas idéias heréticas, vindo a ser muito importante pois assim os Cristãos passaram a Ter a sua própria regra de fé e teologia.

4.2 Cânon

O Processo de canonização foi muito importante para a Igreja Antiga, uma vez que ela própria só tinha o Antigo Testamento legado do judaísmo, ela precisava de sua própria literatura. Não só o marcionismo como também as perseguições promovidas pelo Império Romano ajudaram a acelerar o processo de canonização das Escrituras do Novo Testamento, as perseguições contribuíram porque muitos cristãos eram mortos por terem rolos das Escrituras, e se eles morriam eram necessário que morressem por algo que fosse divinamente sagrado, o que não era o caso, já que a própria Igreja não tinha atentado para separar os livros inspirados dos livros espúrios. Assim o movimento marcionita surge também com suas idéias absurdas, ambas tiradas segundo o que Marcion bem quis e entendeu do Evangelho de Lucas e de dez das cartas do Apóstolo Paulo, nesse sentido o marcionismo contribuiu para acelerar a formação do cânon sagrado do Novo Testamento.


4.3 Unidade da Igreja


Diante não só da heresia de Marcion mais como também de várias outras e principalmente do gnosticismo a Igreja Antiga foi obrigada a se organizar sobre um só comando para que assim pudesse reagir melhor não só a estes ataques, mas também contra os ataques das perseguições, ficando unida ela jamais seria destruída. Pensando assim a Igreja cada vez mais crescia em torno do seu líder que mais tarde se chamaria Papa, que significa Papai, termo carinhoso para aquele que teria a obrigação de responder por todos os cristãos e ainda zelar pela fé verdadeira e pela pureza da Igreja, essa sem dúvida foi uma contribuição muito importante para Igreja Antiga, pois assim ela conseguiu sobreviver a vários ataques e sair vitoriosa.


Conclusão


O movimento Marcionita e tanto outros causaram um impacto muito grande na Igreja Antiga, pois até então a Igreja só tinha uma preocupação que eram as perseguições por parte do Império Romano. A partir daí foram surgindo movimentos de defesa tais como: Os Apologistas e Polemitas, que tão bem representaram a Igreja durante esta fase critica.


Assim concluímos que o Marcionismo, ainda que indiretamente, contribuiu para o fortalecimento do Cristianismo, tanto no seu seguimento literário, ou seja apressou o processo de canonização das Escrituras do Novo Testamento, quanto no seu seguimento físico, pois forçou a criação de credo da Igreja, como também sua unidade em torno de um só líder, o Papa, o que perduram até hoje como verdadeiro legal da Igreja Antiga para a Igreja da Modernidade.


BIBLIOGRAFIA

Enciclopédia Histórico-Teologica da Igreja Cristã, São Paulo, Sociedade Religiosa,1990. v.2

CAIRNS, Earle E. O cristianismo Através dos Séculos. Uma História da Igreja Cristã, São Paulo: Vida Nova,1995, p. 508.

DREHER, Martins N. A Igreja no Império Romano. Coleção História da Igreja v.1, RS: Sinodal, 2002, p 96

Enciclopédia de Bíblia e Teologia e Filosofia (M-O), São Paulo, Candeia,1991. v.4, p 652

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Espiritismo


Espiritismo

Espiritismo é o conjunto de crenças que consideram que a essência humana é baseada na existência de um espírito imortal, que pode estar entre os vivos ou não, admitindo vidas sucessivas (reencarnações) e a comunicação entre os vivos e os mortos, geralmente pelo intermédio de um médium, ou seja, um mediador. A expressão também designa a doutrina e práticas das pessoas que partilham esta crença.

Índice [esconder]
1 Acepção do termo "espiritismo"
2 Fundamentos gerais
3 História
4 Diversos usos do termo espiritismo
4.1 Espiritismo kardecista
4.2 Cultos afro-brasileiros
4.3 Racionalismo cristão
4.4 Espiritismo ramatisiano
4.5 Apometria
4.6 Conscienciologia
4.7 Renovação Cristã
5 Fenômenos espíritas e a ciência
6 Medicina espiritual
7 Cronologia
7.1 Século XVI
7.2 Século XVII
7.3 Século XVIII
7.4 Século XIX
7.5 Século XX
8 Notas
9 Bibliografia
10 Ver também
11 Ligações externas

Acepção do termo "espiritismo"
O termo espiritismo (do francês antigo "spiritisme", onde "spirit": espírito + "isme": doutrina) surgiu como um neologismo, mais precisamente uma palavra-valise, criada pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail para nomear especificamente o corpo de ideias por ele sistematizadas em "O Livro dos Espíritos" (1857).

Contudo, a utilização do termo, cuja raiz é comum a diversas nações ocidentais de origem latina ou anglo-saxónica, fez com que ele fosse rapidamente incorporado ao uso quotidiano para designar tudo o que dizia respeito à comunicação com os espíritos. Assim, por espiritismo, entende-se hoje as várias doutrinas religiosas e/ou filosóficas que crêem na sobrevivência dos espíritos à morte dos corpos, e, principalmente, na possibilidade de se comunicar com eles, casual ou deliberadamente, via rituais ou naturalmente.

O presente artigo visa a tratar do espiritismo levando em consideração todos os diferentes usos do termo, enquanto que o artigo doutrina espírita está voltado para descrever o espiritismo conforme sistematizado por Kardec. Essa divisão entre espiritismo (geral) e doutrina espírita (específico) é meramente didática, não implicando apologia a nenhum dos dois usos.

Fundamentos gerais
O espiritismo, apesar das diversas variações, de um modo geral fundamenta-se nos seguintes pontos:

O homem é um espírito temporariamente ligado a um corpo (para Kardec esta ligação é feita através de uma conexão que denomina de perispírito, um envoltório semimaterial que é o corpo espiritual);
A alma, especificamente, é o espírito que encontra-se ligado, ou não, ao corpo (encarnado ou desencarnado);
O espírito, compreendido como individualidade inteligente da Criação, é imortal;
A reencarnação é o processo natural que permite vidas sucessivas (para Kardec com a função de permitir o aperfeiçoamento dos espíritos, ligado a uma "Lei de Causa e Efeito");
A Terra não é o único planeta com vida inteligente (pluralidade dos mundos habitados).

História

"Hamlet e o fantasma" (gravura de Henry Fuseli, 1789).
Irmãs Fox (da esquerda para a direita: Margaret, Kate e Leah).Segundo a visão espírita, os fenômenos mediúnicos são registrados em diversos lugares e épocas da História, desde a Antiguidade, sob diversas formas. Como exemplo dessa visão de realidade religiosa, refere-se:

a prática ancestral de culto aos antepassados, venerando-os ou rendendo-lhes homenagens por meio de diversos rituais;
na cultura judaico-cristã encontram-se registados no Antigo Testamento, nomeadamente a proibição de Moisés à prática da "consulta aos mortos" (evidência da crença judaica nessa possibilidade, uma vez que não se proíbe aquilo que não é praticado),[1] e, no Novo Testamento, a comunicação de Jesus com Moisés e Elias no Monte Tabor (Mt, 17:1-9).
na cultura da Grécia Antiga, a crença em que as almas dos mortos habitavam o submundo e que era possível entrar em contacto com eles, cuja referência mais conhecida encontra-se na Odisséia. Ali Homero narra que Odisseu (Ulisses), rei de Ítaca realizou um ritual conforme indicações da feiticeira Circe, logrando conversar com as almas de sua mãe, e dos seus companheiros que haviam perecido durante a Guerra de Tróia. Em época posterior, registram-se os comentários de Platão sobre o "dáimon" ou gênio que acompanharia Sócrates.
os povos Celtas acreditavam que os espíritos regressavam ao mundo dos vivos em certas ocasiões ("Samhain"), crença essa que se encontra na origem das populares festas de "halloween".
na Idade Média, a persistência popular de crenças em superstições e amuletos para obter protecção.
na Idade Moderna, as narrativas sobre fantasmas e assombração de locais, ilustrada, por exemplo, pela peça de teatro Hamlet, em que o dramaturgo inglês William Shakespeare apresenta o fantasma do rei assassinado demandando vingança ao protagonista, seu filho.
Os xamãs dos povos "primitivos" da Ásia e Oceania, também afirmam ter o dom de comunicação com o além. Entre a população nativa americana, apenas o xamã (feiticeiro) tinha o poder de comunicar com os deuses e espíritos, fazendo a mediação entre eles e os mortais. A principal função do xamã era a de assegurar a ajuda do mundo dos espíritos, incluindo o Espírito Supremo, para benefício da comunidade. Tal como os xamãs, os curandeiros na América Latina, são capazes de aceder ao mundo dos espíritos. A actuação a este nível, envolve não só o uso de orações, mas também a consulta de guias espirituais ou espíritos superiores.

Actualmente é comum adotar-se a data de 31 de março de 1848, início do fenómeno das Irmãs Fox (ainda que anos mais tarde tenham confessado a fraude e, posteriormente, desmentido a confissão), como marco inicial das modernas manifestações mediúnicas, quando se inicia uma fase de manifestações mais ostensivas[2] e freqüentes do que jamais ocorrera, particularmente nos Estados Unidos da América e na Europa,[3] o que levou muitos pesquisadores a se debruçarem sobre tais fenômenos.

Entre esses pesquisadores destacou-se o professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, que mais tarde, sob o pseudônimo de Allan Kardec, com base em uma série de relatos psicografados, publicou O Livro dos Espíritos.

Diversos usos do termo espiritismo

Espiritismo kardecista

Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec).A expressão, criada no Brasil, refere-se à Doutrina espírita como codificada por Allan Kardec[4] e, assim como o neologismo "Kardecismo", é vivamente repudiada por adeptos mais ortodoxos da doutrina.[5]

As expressões nasceram da necessidade de alguns em distinguir o "Espiritismo" (como originalmente definido por Kardec) dos cultos afro-brasileiros, como a Umbanda. Estes últimos, discriminados e perseguidos em vários momentos da história recente do Brasil, passaram a se auto-intitular espíritas (em determinado momento com o apoio da Federação Espírita Brasileira[6]), num anseio por legitimar e consolidar este movimento religioso, devido à proximidade existente entre certos conceitos e práticas destas doutrinas. Seguidores mais ortodoxos de Kardec, entretanto, não gostaram de ver a sua prática associada aos cultos afro-brasileiros, surgindo assim o termo "espírita kardecista" para distingui-los dos que passaram a ser denominados como "espíritas umbandistas".

Alguns adeptos de Kardec entendem que o espiritismo, como corpo doutrinário, é um só - aquele que foi codificado por Allan Kardec - o que tornaria redundante o uso do termo "espiritismo kardecista". Assim, ao seguirem estritamente os ensinamentos codificados por Kardec nas obras básicas (a "Codificação"), sem a interferência de qualquer outra linha de pensamento que não tenha sido a originalmente codificada, ou ao menos prevista pelo codificador, denominam-se simplesmente "espíritas", sem o complemento "kardecista". A própria obra invalida o emprego de outras expressões como "kardecista", definindo que os ensinamentos codificados, em sua essência, não se ligam à figura única de um homem, como ocorre com o cristianismo ou o budismo, mas a uma coletividade de espíritos que se manifestaram através de diversos médiuns naquele momento histórico, e que se esperava continuassem a comunicar, fazendo com que aquele próprio corpo doutrinário se mantivesse em constante processo evolutivo, o que não se verificou: as obras básicas da Codificação permanecem inalteradas desde então.

Históricamente, no Brasil, existiram ainda conflitos entre "kardecistas" e "roustainguistas", consoante a admissão ou não dos postulados da obra "Os Quatro Evangelhos", de Jean-Baptiste Roustaing, nomeadamente acerca da natureza do corpo de Jesus. Para os chamados "roustainguistas" Jesus teve um corpo fluídico, não material, já o os ditos "kardecistas" acreditam que Jesus possuia um corpo de carne como de qualquer ser humano.

Cultos afro-brasileiros
Ver artigo principal: Candomblé
Ver artigo principal: Umbanda
No Brasil, o termo "espiritismo" é historicamente utilizado como designação por algumas casas e associações das religiões afro-brasileiras, e seus membros e frequentadores definem-se como "espíritas". Como exemplo, citam-se a antiga Federação Espírita de Umbanda[7] e as atuais Congregação Espírita Umbandista do Brasil, no estado do Rio de Janeiro, e a Federação Espírita do Brasil, no do Espírito Santo.

No Brasil Império a Constituição de 1824 estabelecia expressamente que a religião oficial do Estado era o Catolicismo.[8] No último quartel do século XIX, com a difusão das idéias e práticas espíritas no país, registraram-se choques não apenas na imprensa, mas também a nível jurídico-policial, nomeadamente em 1881, quando uma comissão de personalidades ligadas à Federação Espírita Brasileira reuniu-se com o Chefe de Polícia da Corte e, subsequentemente, com o próprio Imperador D. Pedro II, e após a Proclamação da República Brasileira, agora em função do Código Penal de 1890, quando Bezerra de Menezes oficiou ao então presidente da República, marechal Deodoro da Fonseca, em defesa dos direitos e da liberdade dos espíritas.[9] Outros momentos de tensão registrar-se-iam na década de 1930, durante o Estado Novo[carece de fontes?], o que levou a que a prática dos cultos afro-brasileiros conhecesse uma espécie de sincretismo sob a designação "espiritismo", como em época colonial o fizera com o Catolicismo.

Na prática, sinteticamente, as semelhanças entre a prática Umbanda e a Doutrina Espírita são:[10]

a comunicação entre os vivos e os mortos, admitindo ambas, por conseguinte, a sobrevivência à morte do chamado "espírito";
a evolução do espírito através de vidas sucessivas (reencarnação);
o resgate, podendo ser pela dor e sofrimento, das faltas cometidas em anteriores existências.
a prática da caridade (dar de graça o que recebeu de graça).
Por outro lado, as principais diferenças são a admissão pela Umbanda:[11]

de cerimônias litúrgicas como o batizado e o matrimônio;
a presença de imagens em seus cultos;
o emprego de plantas em seus cultos.
a música dos pontos cantados para as entidades.
De todas as religiões afro-brasileiras, a mais próxima da Doutrina Espírita é um segmento (linha) da Umbanda denominado de "Umbanda branca", que guarda pouca ligação com o Candomblé, o Xambá, o Xangô do Recife, o Tambor de Mina ou o Batuque.

No tocante específicamente ao Candomblé, crê-se na sobrevivência da alma após a morte física (os Eguns), e na existência de espíritos ancestrais que, caso divinizados (os Orixás, cultuados coletivamente), não se materializam; caso não divinizados (os Egungun), materializam em vestes próprias para estarem em contacto com os seus descendentes (os vivos), cantando, falando, dando conselhos e auxilindo espiritualmente a sua comunidade. Observe-se que o conceito de "materialização" no Candomblé, é diferente do de "incorporação" na Umbanda ou na Doutrina Espírita. Em princípio os Orixás só se apresentam nas festas e obrigações para dançar e serem homenageados. Não dão consulta ao público assistente, mas podem eventualmente falar com membros da família ou da casa para deixar algum recado para o filho. O normal é os Orixás se expressarem através do jogo de Ifá (oráculo).

No Candomblé, a função dos rituais durante as cerimónias de iniciação é a de afastar todo e qualquer espírito ou influência, recorrendo-se ao Ifá para monitorar a sua presença. A cerimónia só ocorre quando este confirma a ausência de Eguns no ambiente de recolhimento. Os espíritos são cultuados, nas casas de Candomblé, em uma casa em separado, sendo homenageados diariamente uma vez que, como Exú, são considerados protetores da comunidade.

Racionalismo cristão
Ver artigo principal: Racionalismo cristão
Na cidade brasileira de Santos, em 1910 surgiu uma dissidência do movimento espírita, que se denominou "Espiritismo Racional e Científico Cristão" e, posteriormente, Racionalismo cristão, sistematizada por Luís de Matos e Luís Alves Tomás.

Espiritismo ramatisiano
Ver artigo principal: Ramatis
No Brasil, desde a segunda metade da década de 1950, alguns centros espíritas seguem a doutrina ditada pelo espírito Ramatis (corporificada sobretudo nas obras psicografadas por Hercílio Maes). Distinguem-se dos centros espíritas tradicionais em função da maior ênfase ao universalismo (origem comum das religiões) e ao estudo comparado de religiões e filosofias espiritualistas ocidentais e orientais. Nota-se também a influência mais acentuada de correntes de pensamento orientais (tais como o budismo e o hinduísmo) e a proximidade com a cosmogonia do espiritualismo universalista.

Apometria
Ver artigo principal: Apometria
Surgiu no Brasil, na década de 1960, como uma forma de tratamento alternativo a doentes desenganados. Através de um trabalho de sistematização coordenado pelo Dr. José Lacerda de Azevedo, do Hospital Espírita de Porto Alegre, foram fixadas as Leis da Apometria.

Conscienciologia
Ver artigo principal: Conscienciologia
Ver artigo principal: Projeciologia
Surgiu no Brasil, em meados da década de 1960, com o fim da parceria entre entre Chico Xavier e Waldo Vieira, quando este último iniciou pesquisa própria com o que denominou projeção da consciência.

Renovação Cristã
Ver artigo principal: Renovação Cristã
Surgida no Brasil, também como uma dissidência do movimento espírita, desde setembro de 2002. Sem deixar de seguir a Doutrina Espírita, afirma fazê-lo com maior seriedade do que o movimento brasileiro em si, argumento usado para o afastamento.

Fenômenos espíritas e a ciência
A investigação dos fatos e causas do fenómeno mediúnico é objecto de estudo pela Pesquisa Psíquica, ramo da parapsicologia (substituindo a metapsíquica). Seu primeiro interesse é o de verificar a ocorrência dos aludidos factos, mediante o uso de metodologia própria, que inclui a estatística e o chamado teste duplo-cego. Faz-se investigação científica [12] também em âmbito universitário, mas os resultados obtidos até o momento não permitem a conclusão científica da existência de espíritos.[13]

Para além dos aspectos doutrinais, existe uma diversidade de práticas que vêm suscitando uma crescente curiosidade dos pesquisadores da área - a ectoplasmia, psicoquinesia, levitação, telepatia, clarividência, clariaudiência, pré-cognição via onírica (sonhos), psicografia, psicopictografia, medicina e cirurgia mediúnica, radiestesia e rabdomancia.

Kardec, no preâmbulo de "O Que É o Espiritismo?", afirma que ele "é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal". Dentro dessa perspectiva, Kardec teria fundado o que naquele momento se chamou de "ciência espírita",[14] tendo como objecto de estudo o espírito e adotando uma postura teórico-metodológica própria, ou seja, não baseada no método científico.[15] Na "Revue Spirite", que publicou até à sua morte, Kardec analisa vários relatos de fenômenos aparentemente mediúnicos ou sobrenaturais, oriundos de diversas partes do mundo. Esmerava-se por distinguir os acontecimentos que considerava verossímeis de charlatanismo e da simples imaginação superexcitada pela fé.

Na década de 1960 a pesquisa sobre reencarnação obteve repercussão graças ao trabalho de Ian Stevenson, nomeadamente com a publicação de "Twenty Cases Suggestive of Reincarnation" (1966).

Medicina espiritual
Ver artigo principal: Tratamento espiritual
[editar] Cronologia

Ilustração de levitação do médium Daniel Dunglas Home (1852).
Ilustração alusiva a uma sessão mediúnica familiar na capa de uma partitura de música (Boston, 1853).
Fotografia de mesa a levitar, pela médium Eusápia Paladino (1898).
Suposta materialização de um rosto, pela médium Eva Carrière (1912).[editar] Século XVI
1575 - Nascimento de Jakob Böhme
[editar] Século XVII
1688 - Nascimento de Emanuel Swedenborg
[editar] Século XVIII
1734 - Nascimento de Franz Anton Mesmer
1746 - Nascimento do Abade Faria
[editar] Século XIX
1804 - Nascimento de Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec)
1805 - Nascimento de Jean-Baptiste Roustaing
1826 - Nascimento de Andrew Jackson Davis
1830 - Publicação da primeira obra espírita: "La Voyante de Prevorst", do Dr. Justinus Kerner
1831 - Nascimento de Bezerra de Menezes
1832 - Nascimento de Alexandre Aksakof
1833 - Nascimento de Daniel Dunglas Home
1834 - Nascimento de Johann Karl Friedrich Zöllner
1837 - Nascimento de Albert de Rochas
1838 - Nascimento de Charles Foster
1839 - Nascimento de William Staiton Moses
1846 - Nascimento de Léon Denis
1846 - Manifestação de Buffalo (Irmãos Davenport)
1847 - Primeira reunião espírita em Manchester, nos Estados Unidos da América
1848 - Manifestação de Hydesville (Irmãs Fox)
1849 - Nascimento de Elizabeth d'Espérance (Mme. d'Espérance)
1850 - Manifestação, nos EUA, da mediunidade de efeito físicos de Daniel Dunglas Home
1854 (31 de Janeiro) - Nascimento de Eusápia Paladino
1854 (10 de Junho) - Fundação, em Nova Iorque, do periódico "The Christian Spiritualist"
1855 - Nascimento de Jean Meyer
1857 - Publicação da obra "Livre des Esprits", de Kardec
1858 - Lançamento, em França, da "Revue spirite", por Kardec
1858 - Nascimento de William Eglinton
1859 - Nascimento de Arthur Conan Doyle
1861 - Auto-de-fé de Barcelona
1861 - Primeira fotografia espírita (William Mumler, Boston/MA)
1865 - Nascimento de Fernando Augusto de Lacerda e Mello
1867-1882 - London Dialectical Society
1869 - Lançamento, no Brasil, do periódico O Echo d'Álem-Túmulo, por Luís Olímpio Teles de Menezes
1869 - Morte de Allan Kardec
1874 - Primeiras experiências do académico inglês William Crookes com a médium Florence Cook
1874 - Nascimento de Harry Houdini
1875 (16 de Junho) - Primeira audiência, em Paris, do chamado "Procés des Spirites", em que foi indiciado Pierre-Gaëtan Leymarie
1875 - Fundação da Sociedade Teosófica em Adyar, na Índia
1877 - Nascimento de Edgar Cayce
1878 - Nascimento de Ngo Van Chieu, fundador do Caodaísmo
1879 - Morte de Jean-Baptiste Roustaing Jean-Baptiste Roustaing
1882 - Fundação da Society for Psychical Research
1883 - Lançamento, no Brasil, do periódico "Reformador" por Augusto Elias da Silva
1884 - Fundação da Federação Espírita Brasileira
1885 - Fundação da American Society for Psychical Research
1885 - Morte do espírita Victor Hugo
1885 - 1917 - Psicografia dos romances de Rochester (espírito) pela médium russa Vera Kryzhanovskaia
1889 - Congresso espírita e espiritualista internacional em Paris
1891 - Início da pesquisa de Cesare Lombroso com Eusápia Paladino
1900 - Congresso espírita e espiritualista internacional em Paris
[editar] Século XX
1903 - Experiências, em Argel, de Charles Robert Richet e de Gabriel Delanne, com a médium de efeitos físicos Marthe Beráud (depois Eva Carrière)
1908 - Manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas, pelo médium Zélio Fernandino de Moraes, dá origem à Umbanda no Brasil
1910 - Nascimento de Francisco Cândido Xavier
1912 - Constituição da Ordem Mística do Templo da Rosacruz
1913 - Escândalo do periódico "Miroir": fotografias do Dr. Albert von Schrenck-Notzing
1916 - Constituição da Igreja Católica Liberal
1917 - Produção das fotografias das chamadas "Fadas de Cottingley"
1918 - Fundação do Institut Métapsychique International
1922 - Congresso Internacional Espírita em Londres
1923 - Fundação da International Spiritualist Federation em Liège, na Bélgica
1924 - Teoria científica do espiritismo, por Charles Henry
1925 - Congresso Internacional Espírita em Paris, organizado pela Federação Espírita Internacional, congrega representantes de 22 países, sob a presidência de Léon Denis
1925 - Publicação de "Vozes do Além pelo Telephone" de Oscar D'Argonnel, pioneiro da transcomunicação instrumental
1926 - Publicação de "The History of Spiritualism (2 vol.)" de Arthur Conan Doyle
1932 - Publicação de Parnaso de Além-Túmulo de Francisco Cândido Xavier
1939 - Fundação da União Espiritista de Umbanda do Brasil
1941 (de 19 a 26 de Outubro) - Realização do I Congresso Brasileiro de Umbanda pela Federação Espírita de Umbanda
1956 - Publicação de "The Search for Bridey Murphy", de Morey Bernstein
1961 (de 16 a 23 de Julho) - Realização do II Congresso Brasileiro de Umbanda no auditório da Associação Brasileira de Imprensa no Rio de Janeiro.
1966 - Publicação de "Twenty Cases Suggestive of Reincarnation" do estadunidense Ian Stevenson
1973 (de 15 a 21 de Julho) - Realização do III Congresso Brasileiro de Umbanda, no Rio de Janeiro
1983 - Publicação de "Out on a Limb" de Shirley MacLaine
Notas
1.↑ "Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoireiro, nem feiticeiro; / Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; / Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora de diante de ti. (Deuteronómio 18:10-12)
2.↑ Principalmente de ruídos estranhos, pancadas em móveis e objetos que se moviam ou flutuavam sem nenhuma causa aparente.
3.↑ Na Ásia, nesse período, com o surgimento do Caodaísmo.
4.↑ O Dr. José Lacerda de Azevedo costumava afirmar que "Kardec criou o Espiritismo e que os espíritas brasileiros criaram o "Kardecismo"", uma prática ou tentativa de vivência da Doutrina Espírita, permeada de religiosidade, com tendência a se transformar em crença ou seita. In: Biografia do Dr. Lacerda. Consultado em 23 fev. 2009.
5.↑ Ver, por exemplo, LOPE, Wladisney. Porque não sou Espírita Kardecista. in: Revista Internacional de Espiritismo. disponível em Íntegra do artigo.
6.↑ Ver: Triste episódio ocorrido em 1953 Consultado em 14 de Junho de 2008.
7.↑ Organizadora do I Congresso Brasileiro de Umbanda. Anais disponíveis para download em: [1] Consultado em: 8 de Junho de 2008.
8.↑ Conforme o seu Art. 5, que estipulava: "A Religião Catholica Apostolica Romana continuará a ser a Religião do Imperio. Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto domestico, ou particular em casas para isso destinadas, sem fórma alguma exterior do Templo." In: Constituição Política do Império do Brazil Consultada em 13 de Julho de 2008.
9.↑ Este Código foi promulgado pelo Decreto nº 22.213, de 14 de Dezembro de 1890, mas só entrou em vigor seis meses após a sua publicação. Os seus artigos nrs. 157 e 158 proibiam expressamente "praticar o Espiritismo" e "inculcar curas de moléstias curáveis ou incuráveis", o que afetava diretamente as atividades das sociedades espíritas, cuja prática de receituário mediúnico homeopático era muito difundida à época.
10.↑ CARNEIRO, 1996:21.
11.↑ Op. Cit., p. 21-22.
12.↑ Enquanto as investigações científicas convencionais utilizam o método científico dedutivo, no espiritismo é mais comum o uso do método científico hipotético-dedutivo. Enquanto no primeiro método busca-se provar totalmente a hipótese, no segundo busca-se por evidências empíricas que vão de encontro à hipótese. Outro método utilizado no espiritismo é o fenomenológico, criado por Edmund Husserl.
13.↑ O fenomenologista Edmund Husserl declara que a realidade mental e espiritual possui uma realidade própria, independente de qualquer base física e que a ciência do espírito deve ser estabelecida sobre um fundamento tão científico como aquele alcançado pelas ciências naturais.
14.↑ Atualmente existem estudiosos espíritas no Brasil que preferem denominar como fenomenologia espírita o estudo e as pesquisas que se referem aos fenômenos do espírito e da mente humana
15.↑ Existem áreas do Conhecimento em que os métodos científicos tradicionais não podem ser aplicados, como exemplo, pode-se citar a Filosofia
[editar] Bibliografia
CARNEIRO, Victor Ribas. ABC do Espiritismo (5a. ed.). Curitiba (PR): Federação Espírita do Paraná, 1996. 223p. ISBN 85-7365-001-X
DOYLE, Arthur Conan. História do Espiritismo. São Paulo, Ed. Pensamento, 1960.
LANTIER, Jacques. O Espiritismo. Lisboa: Edições 70, 1980. 196p.
RIZZINI, Jorge. J. Herculano Pires, o apóstolo de Kardec. São Paulo: Paideia, 2000. 282p. ISBN 0000035491
[editar] Ver também
O Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: Espiritismo.Anexo:Lista de religiões reencarnacionistas
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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Ofismo

Ofitas

Ofitas (do grego ὄφιανοι > ὄφις = serpente) é um nome genérico para várias seitas gnósticas da Síria e do Egito que se desenvolveram por volta do ano 100 D.C. Estas seitas atribuiam grande importância à serpente mencionada no livro do Genesis como tentadora de Adão e Eva, considerando-a como portadora do conhecimento do Bem e do Mal e portanto como símbolo da gnose.

Fundamentos

Segundo os teólogos patrísticos como Orígenes e Irineu, a essência do doutrina ofita é a crença de que Jeová, o Deus do Antigo Testamento, é uma divindade misantrópica da qual a humanidade deveria ser libertada. Desta forma, a serpente e outros inimigos do Demiurgo se convertem em heróis para os ofitas.

Os membros das seitas ofitas passavam por cerimônias de iniciação que incluíam símbolos de purificação, vida, espírito e fogo. O sistema completa da seita parecia combinar ainda elementos do culto à deusa egípcia Ísis, conceitos da mitologia oriental e aspectos da doutrina cristã.

Seitas ofitas

naasenos, do hebraico na'asch = serpente) que consideravam a serpente como o ser supremo
setitas, para quem Set era o patriarca dos espíritos
peratas, do griego peras = penetrar
cainitas, que viam em Caim seu líder espiritual
encratitas, seita fundada por Taciano; se distinguiam por praticar um ascetismo rigoroso e por opor-se ao matrimônio
valentinianos, discípulos de Valentim