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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Espiritismo


Espiritismo

Espiritismo é o conjunto de crenças que consideram que a essência humana é baseada na existência de um espírito imortal, que pode estar entre os vivos ou não, admitindo vidas sucessivas (reencarnações) e a comunicação entre os vivos e os mortos, geralmente pelo intermédio de um médium, ou seja, um mediador. A expressão também designa a doutrina e práticas das pessoas que partilham esta crença.

Índice [esconder]
1 Acepção do termo "espiritismo"
2 Fundamentos gerais
3 História
4 Diversos usos do termo espiritismo
4.1 Espiritismo kardecista
4.2 Cultos afro-brasileiros
4.3 Racionalismo cristão
4.4 Espiritismo ramatisiano
4.5 Apometria
4.6 Conscienciologia
4.7 Renovação Cristã
5 Fenômenos espíritas e a ciência
6 Medicina espiritual
7 Cronologia
7.1 Século XVI
7.2 Século XVII
7.3 Século XVIII
7.4 Século XIX
7.5 Século XX
8 Notas
9 Bibliografia
10 Ver também
11 Ligações externas

Acepção do termo "espiritismo"
O termo espiritismo (do francês antigo "spiritisme", onde "spirit": espírito + "isme": doutrina) surgiu como um neologismo, mais precisamente uma palavra-valise, criada pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail para nomear especificamente o corpo de ideias por ele sistematizadas em "O Livro dos Espíritos" (1857).

Contudo, a utilização do termo, cuja raiz é comum a diversas nações ocidentais de origem latina ou anglo-saxónica, fez com que ele fosse rapidamente incorporado ao uso quotidiano para designar tudo o que dizia respeito à comunicação com os espíritos. Assim, por espiritismo, entende-se hoje as várias doutrinas religiosas e/ou filosóficas que crêem na sobrevivência dos espíritos à morte dos corpos, e, principalmente, na possibilidade de se comunicar com eles, casual ou deliberadamente, via rituais ou naturalmente.

O presente artigo visa a tratar do espiritismo levando em consideração todos os diferentes usos do termo, enquanto que o artigo doutrina espírita está voltado para descrever o espiritismo conforme sistematizado por Kardec. Essa divisão entre espiritismo (geral) e doutrina espírita (específico) é meramente didática, não implicando apologia a nenhum dos dois usos.

Fundamentos gerais
O espiritismo, apesar das diversas variações, de um modo geral fundamenta-se nos seguintes pontos:

O homem é um espírito temporariamente ligado a um corpo (para Kardec esta ligação é feita através de uma conexão que denomina de perispírito, um envoltório semimaterial que é o corpo espiritual);
A alma, especificamente, é o espírito que encontra-se ligado, ou não, ao corpo (encarnado ou desencarnado);
O espírito, compreendido como individualidade inteligente da Criação, é imortal;
A reencarnação é o processo natural que permite vidas sucessivas (para Kardec com a função de permitir o aperfeiçoamento dos espíritos, ligado a uma "Lei de Causa e Efeito");
A Terra não é o único planeta com vida inteligente (pluralidade dos mundos habitados).

História

"Hamlet e o fantasma" (gravura de Henry Fuseli, 1789).
Irmãs Fox (da esquerda para a direita: Margaret, Kate e Leah).Segundo a visão espírita, os fenômenos mediúnicos são registrados em diversos lugares e épocas da História, desde a Antiguidade, sob diversas formas. Como exemplo dessa visão de realidade religiosa, refere-se:

a prática ancestral de culto aos antepassados, venerando-os ou rendendo-lhes homenagens por meio de diversos rituais;
na cultura judaico-cristã encontram-se registados no Antigo Testamento, nomeadamente a proibição de Moisés à prática da "consulta aos mortos" (evidência da crença judaica nessa possibilidade, uma vez que não se proíbe aquilo que não é praticado),[1] e, no Novo Testamento, a comunicação de Jesus com Moisés e Elias no Monte Tabor (Mt, 17:1-9).
na cultura da Grécia Antiga, a crença em que as almas dos mortos habitavam o submundo e que era possível entrar em contacto com eles, cuja referência mais conhecida encontra-se na Odisséia. Ali Homero narra que Odisseu (Ulisses), rei de Ítaca realizou um ritual conforme indicações da feiticeira Circe, logrando conversar com as almas de sua mãe, e dos seus companheiros que haviam perecido durante a Guerra de Tróia. Em época posterior, registram-se os comentários de Platão sobre o "dáimon" ou gênio que acompanharia Sócrates.
os povos Celtas acreditavam que os espíritos regressavam ao mundo dos vivos em certas ocasiões ("Samhain"), crença essa que se encontra na origem das populares festas de "halloween".
na Idade Média, a persistência popular de crenças em superstições e amuletos para obter protecção.
na Idade Moderna, as narrativas sobre fantasmas e assombração de locais, ilustrada, por exemplo, pela peça de teatro Hamlet, em que o dramaturgo inglês William Shakespeare apresenta o fantasma do rei assassinado demandando vingança ao protagonista, seu filho.
Os xamãs dos povos "primitivos" da Ásia e Oceania, também afirmam ter o dom de comunicação com o além. Entre a população nativa americana, apenas o xamã (feiticeiro) tinha o poder de comunicar com os deuses e espíritos, fazendo a mediação entre eles e os mortais. A principal função do xamã era a de assegurar a ajuda do mundo dos espíritos, incluindo o Espírito Supremo, para benefício da comunidade. Tal como os xamãs, os curandeiros na América Latina, são capazes de aceder ao mundo dos espíritos. A actuação a este nível, envolve não só o uso de orações, mas também a consulta de guias espirituais ou espíritos superiores.

Actualmente é comum adotar-se a data de 31 de março de 1848, início do fenómeno das Irmãs Fox (ainda que anos mais tarde tenham confessado a fraude e, posteriormente, desmentido a confissão), como marco inicial das modernas manifestações mediúnicas, quando se inicia uma fase de manifestações mais ostensivas[2] e freqüentes do que jamais ocorrera, particularmente nos Estados Unidos da América e na Europa,[3] o que levou muitos pesquisadores a se debruçarem sobre tais fenômenos.

Entre esses pesquisadores destacou-se o professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, que mais tarde, sob o pseudônimo de Allan Kardec, com base em uma série de relatos psicografados, publicou O Livro dos Espíritos.

Diversos usos do termo espiritismo

Espiritismo kardecista

Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec).A expressão, criada no Brasil, refere-se à Doutrina espírita como codificada por Allan Kardec[4] e, assim como o neologismo "Kardecismo", é vivamente repudiada por adeptos mais ortodoxos da doutrina.[5]

As expressões nasceram da necessidade de alguns em distinguir o "Espiritismo" (como originalmente definido por Kardec) dos cultos afro-brasileiros, como a Umbanda. Estes últimos, discriminados e perseguidos em vários momentos da história recente do Brasil, passaram a se auto-intitular espíritas (em determinado momento com o apoio da Federação Espírita Brasileira[6]), num anseio por legitimar e consolidar este movimento religioso, devido à proximidade existente entre certos conceitos e práticas destas doutrinas. Seguidores mais ortodoxos de Kardec, entretanto, não gostaram de ver a sua prática associada aos cultos afro-brasileiros, surgindo assim o termo "espírita kardecista" para distingui-los dos que passaram a ser denominados como "espíritas umbandistas".

Alguns adeptos de Kardec entendem que o espiritismo, como corpo doutrinário, é um só - aquele que foi codificado por Allan Kardec - o que tornaria redundante o uso do termo "espiritismo kardecista". Assim, ao seguirem estritamente os ensinamentos codificados por Kardec nas obras básicas (a "Codificação"), sem a interferência de qualquer outra linha de pensamento que não tenha sido a originalmente codificada, ou ao menos prevista pelo codificador, denominam-se simplesmente "espíritas", sem o complemento "kardecista". A própria obra invalida o emprego de outras expressões como "kardecista", definindo que os ensinamentos codificados, em sua essência, não se ligam à figura única de um homem, como ocorre com o cristianismo ou o budismo, mas a uma coletividade de espíritos que se manifestaram através de diversos médiuns naquele momento histórico, e que se esperava continuassem a comunicar, fazendo com que aquele próprio corpo doutrinário se mantivesse em constante processo evolutivo, o que não se verificou: as obras básicas da Codificação permanecem inalteradas desde então.

Históricamente, no Brasil, existiram ainda conflitos entre "kardecistas" e "roustainguistas", consoante a admissão ou não dos postulados da obra "Os Quatro Evangelhos", de Jean-Baptiste Roustaing, nomeadamente acerca da natureza do corpo de Jesus. Para os chamados "roustainguistas" Jesus teve um corpo fluídico, não material, já o os ditos "kardecistas" acreditam que Jesus possuia um corpo de carne como de qualquer ser humano.

Cultos afro-brasileiros
Ver artigo principal: Candomblé
Ver artigo principal: Umbanda
No Brasil, o termo "espiritismo" é historicamente utilizado como designação por algumas casas e associações das religiões afro-brasileiras, e seus membros e frequentadores definem-se como "espíritas". Como exemplo, citam-se a antiga Federação Espírita de Umbanda[7] e as atuais Congregação Espírita Umbandista do Brasil, no estado do Rio de Janeiro, e a Federação Espírita do Brasil, no do Espírito Santo.

No Brasil Império a Constituição de 1824 estabelecia expressamente que a religião oficial do Estado era o Catolicismo.[8] No último quartel do século XIX, com a difusão das idéias e práticas espíritas no país, registraram-se choques não apenas na imprensa, mas também a nível jurídico-policial, nomeadamente em 1881, quando uma comissão de personalidades ligadas à Federação Espírita Brasileira reuniu-se com o Chefe de Polícia da Corte e, subsequentemente, com o próprio Imperador D. Pedro II, e após a Proclamação da República Brasileira, agora em função do Código Penal de 1890, quando Bezerra de Menezes oficiou ao então presidente da República, marechal Deodoro da Fonseca, em defesa dos direitos e da liberdade dos espíritas.[9] Outros momentos de tensão registrar-se-iam na década de 1930, durante o Estado Novo[carece de fontes?], o que levou a que a prática dos cultos afro-brasileiros conhecesse uma espécie de sincretismo sob a designação "espiritismo", como em época colonial o fizera com o Catolicismo.

Na prática, sinteticamente, as semelhanças entre a prática Umbanda e a Doutrina Espírita são:[10]

a comunicação entre os vivos e os mortos, admitindo ambas, por conseguinte, a sobrevivência à morte do chamado "espírito";
a evolução do espírito através de vidas sucessivas (reencarnação);
o resgate, podendo ser pela dor e sofrimento, das faltas cometidas em anteriores existências.
a prática da caridade (dar de graça o que recebeu de graça).
Por outro lado, as principais diferenças são a admissão pela Umbanda:[11]

de cerimônias litúrgicas como o batizado e o matrimônio;
a presença de imagens em seus cultos;
o emprego de plantas em seus cultos.
a música dos pontos cantados para as entidades.
De todas as religiões afro-brasileiras, a mais próxima da Doutrina Espírita é um segmento (linha) da Umbanda denominado de "Umbanda branca", que guarda pouca ligação com o Candomblé, o Xambá, o Xangô do Recife, o Tambor de Mina ou o Batuque.

No tocante específicamente ao Candomblé, crê-se na sobrevivência da alma após a morte física (os Eguns), e na existência de espíritos ancestrais que, caso divinizados (os Orixás, cultuados coletivamente), não se materializam; caso não divinizados (os Egungun), materializam em vestes próprias para estarem em contacto com os seus descendentes (os vivos), cantando, falando, dando conselhos e auxilindo espiritualmente a sua comunidade. Observe-se que o conceito de "materialização" no Candomblé, é diferente do de "incorporação" na Umbanda ou na Doutrina Espírita. Em princípio os Orixás só se apresentam nas festas e obrigações para dançar e serem homenageados. Não dão consulta ao público assistente, mas podem eventualmente falar com membros da família ou da casa para deixar algum recado para o filho. O normal é os Orixás se expressarem através do jogo de Ifá (oráculo).

No Candomblé, a função dos rituais durante as cerimónias de iniciação é a de afastar todo e qualquer espírito ou influência, recorrendo-se ao Ifá para monitorar a sua presença. A cerimónia só ocorre quando este confirma a ausência de Eguns no ambiente de recolhimento. Os espíritos são cultuados, nas casas de Candomblé, em uma casa em separado, sendo homenageados diariamente uma vez que, como Exú, são considerados protetores da comunidade.

Racionalismo cristão
Ver artigo principal: Racionalismo cristão
Na cidade brasileira de Santos, em 1910 surgiu uma dissidência do movimento espírita, que se denominou "Espiritismo Racional e Científico Cristão" e, posteriormente, Racionalismo cristão, sistematizada por Luís de Matos e Luís Alves Tomás.

Espiritismo ramatisiano
Ver artigo principal: Ramatis
No Brasil, desde a segunda metade da década de 1950, alguns centros espíritas seguem a doutrina ditada pelo espírito Ramatis (corporificada sobretudo nas obras psicografadas por Hercílio Maes). Distinguem-se dos centros espíritas tradicionais em função da maior ênfase ao universalismo (origem comum das religiões) e ao estudo comparado de religiões e filosofias espiritualistas ocidentais e orientais. Nota-se também a influência mais acentuada de correntes de pensamento orientais (tais como o budismo e o hinduísmo) e a proximidade com a cosmogonia do espiritualismo universalista.

Apometria
Ver artigo principal: Apometria
Surgiu no Brasil, na década de 1960, como uma forma de tratamento alternativo a doentes desenganados. Através de um trabalho de sistematização coordenado pelo Dr. José Lacerda de Azevedo, do Hospital Espírita de Porto Alegre, foram fixadas as Leis da Apometria.

Conscienciologia
Ver artigo principal: Conscienciologia
Ver artigo principal: Projeciologia
Surgiu no Brasil, em meados da década de 1960, com o fim da parceria entre entre Chico Xavier e Waldo Vieira, quando este último iniciou pesquisa própria com o que denominou projeção da consciência.

Renovação Cristã
Ver artigo principal: Renovação Cristã
Surgida no Brasil, também como uma dissidência do movimento espírita, desde setembro de 2002. Sem deixar de seguir a Doutrina Espírita, afirma fazê-lo com maior seriedade do que o movimento brasileiro em si, argumento usado para o afastamento.

Fenômenos espíritas e a ciência
A investigação dos fatos e causas do fenómeno mediúnico é objecto de estudo pela Pesquisa Psíquica, ramo da parapsicologia (substituindo a metapsíquica). Seu primeiro interesse é o de verificar a ocorrência dos aludidos factos, mediante o uso de metodologia própria, que inclui a estatística e o chamado teste duplo-cego. Faz-se investigação científica [12] também em âmbito universitário, mas os resultados obtidos até o momento não permitem a conclusão científica da existência de espíritos.[13]

Para além dos aspectos doutrinais, existe uma diversidade de práticas que vêm suscitando uma crescente curiosidade dos pesquisadores da área - a ectoplasmia, psicoquinesia, levitação, telepatia, clarividência, clariaudiência, pré-cognição via onírica (sonhos), psicografia, psicopictografia, medicina e cirurgia mediúnica, radiestesia e rabdomancia.

Kardec, no preâmbulo de "O Que É o Espiritismo?", afirma que ele "é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal". Dentro dessa perspectiva, Kardec teria fundado o que naquele momento se chamou de "ciência espírita",[14] tendo como objecto de estudo o espírito e adotando uma postura teórico-metodológica própria, ou seja, não baseada no método científico.[15] Na "Revue Spirite", que publicou até à sua morte, Kardec analisa vários relatos de fenômenos aparentemente mediúnicos ou sobrenaturais, oriundos de diversas partes do mundo. Esmerava-se por distinguir os acontecimentos que considerava verossímeis de charlatanismo e da simples imaginação superexcitada pela fé.

Na década de 1960 a pesquisa sobre reencarnação obteve repercussão graças ao trabalho de Ian Stevenson, nomeadamente com a publicação de "Twenty Cases Suggestive of Reincarnation" (1966).

Medicina espiritual
Ver artigo principal: Tratamento espiritual
[editar] Cronologia

Ilustração de levitação do médium Daniel Dunglas Home (1852).
Ilustração alusiva a uma sessão mediúnica familiar na capa de uma partitura de música (Boston, 1853).
Fotografia de mesa a levitar, pela médium Eusápia Paladino (1898).
Suposta materialização de um rosto, pela médium Eva Carrière (1912).[editar] Século XVI
1575 - Nascimento de Jakob Böhme
[editar] Século XVII
1688 - Nascimento de Emanuel Swedenborg
[editar] Século XVIII
1734 - Nascimento de Franz Anton Mesmer
1746 - Nascimento do Abade Faria
[editar] Século XIX
1804 - Nascimento de Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec)
1805 - Nascimento de Jean-Baptiste Roustaing
1826 - Nascimento de Andrew Jackson Davis
1830 - Publicação da primeira obra espírita: "La Voyante de Prevorst", do Dr. Justinus Kerner
1831 - Nascimento de Bezerra de Menezes
1832 - Nascimento de Alexandre Aksakof
1833 - Nascimento de Daniel Dunglas Home
1834 - Nascimento de Johann Karl Friedrich Zöllner
1837 - Nascimento de Albert de Rochas
1838 - Nascimento de Charles Foster
1839 - Nascimento de William Staiton Moses
1846 - Nascimento de Léon Denis
1846 - Manifestação de Buffalo (Irmãos Davenport)
1847 - Primeira reunião espírita em Manchester, nos Estados Unidos da América
1848 - Manifestação de Hydesville (Irmãs Fox)
1849 - Nascimento de Elizabeth d'Espérance (Mme. d'Espérance)
1850 - Manifestação, nos EUA, da mediunidade de efeito físicos de Daniel Dunglas Home
1854 (31 de Janeiro) - Nascimento de Eusápia Paladino
1854 (10 de Junho) - Fundação, em Nova Iorque, do periódico "The Christian Spiritualist"
1855 - Nascimento de Jean Meyer
1857 - Publicação da obra "Livre des Esprits", de Kardec
1858 - Lançamento, em França, da "Revue spirite", por Kardec
1858 - Nascimento de William Eglinton
1859 - Nascimento de Arthur Conan Doyle
1861 - Auto-de-fé de Barcelona
1861 - Primeira fotografia espírita (William Mumler, Boston/MA)
1865 - Nascimento de Fernando Augusto de Lacerda e Mello
1867-1882 - London Dialectical Society
1869 - Lançamento, no Brasil, do periódico O Echo d'Álem-Túmulo, por Luís Olímpio Teles de Menezes
1869 - Morte de Allan Kardec
1874 - Primeiras experiências do académico inglês William Crookes com a médium Florence Cook
1874 - Nascimento de Harry Houdini
1875 (16 de Junho) - Primeira audiência, em Paris, do chamado "Procés des Spirites", em que foi indiciado Pierre-Gaëtan Leymarie
1875 - Fundação da Sociedade Teosófica em Adyar, na Índia
1877 - Nascimento de Edgar Cayce
1878 - Nascimento de Ngo Van Chieu, fundador do Caodaísmo
1879 - Morte de Jean-Baptiste Roustaing Jean-Baptiste Roustaing
1882 - Fundação da Society for Psychical Research
1883 - Lançamento, no Brasil, do periódico "Reformador" por Augusto Elias da Silva
1884 - Fundação da Federação Espírita Brasileira
1885 - Fundação da American Society for Psychical Research
1885 - Morte do espírita Victor Hugo
1885 - 1917 - Psicografia dos romances de Rochester (espírito) pela médium russa Vera Kryzhanovskaia
1889 - Congresso espírita e espiritualista internacional em Paris
1891 - Início da pesquisa de Cesare Lombroso com Eusápia Paladino
1900 - Congresso espírita e espiritualista internacional em Paris
[editar] Século XX
1903 - Experiências, em Argel, de Charles Robert Richet e de Gabriel Delanne, com a médium de efeitos físicos Marthe Beráud (depois Eva Carrière)
1908 - Manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas, pelo médium Zélio Fernandino de Moraes, dá origem à Umbanda no Brasil
1910 - Nascimento de Francisco Cândido Xavier
1912 - Constituição da Ordem Mística do Templo da Rosacruz
1913 - Escândalo do periódico "Miroir": fotografias do Dr. Albert von Schrenck-Notzing
1916 - Constituição da Igreja Católica Liberal
1917 - Produção das fotografias das chamadas "Fadas de Cottingley"
1918 - Fundação do Institut Métapsychique International
1922 - Congresso Internacional Espírita em Londres
1923 - Fundação da International Spiritualist Federation em Liège, na Bélgica
1924 - Teoria científica do espiritismo, por Charles Henry
1925 - Congresso Internacional Espírita em Paris, organizado pela Federação Espírita Internacional, congrega representantes de 22 países, sob a presidência de Léon Denis
1925 - Publicação de "Vozes do Além pelo Telephone" de Oscar D'Argonnel, pioneiro da transcomunicação instrumental
1926 - Publicação de "The History of Spiritualism (2 vol.)" de Arthur Conan Doyle
1932 - Publicação de Parnaso de Além-Túmulo de Francisco Cândido Xavier
1939 - Fundação da União Espiritista de Umbanda do Brasil
1941 (de 19 a 26 de Outubro) - Realização do I Congresso Brasileiro de Umbanda pela Federação Espírita de Umbanda
1956 - Publicação de "The Search for Bridey Murphy", de Morey Bernstein
1961 (de 16 a 23 de Julho) - Realização do II Congresso Brasileiro de Umbanda no auditório da Associação Brasileira de Imprensa no Rio de Janeiro.
1966 - Publicação de "Twenty Cases Suggestive of Reincarnation" do estadunidense Ian Stevenson
1973 (de 15 a 21 de Julho) - Realização do III Congresso Brasileiro de Umbanda, no Rio de Janeiro
1983 - Publicação de "Out on a Limb" de Shirley MacLaine
Notas
1.↑ "Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoireiro, nem feiticeiro; / Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; / Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora de diante de ti. (Deuteronómio 18:10-12)
2.↑ Principalmente de ruídos estranhos, pancadas em móveis e objetos que se moviam ou flutuavam sem nenhuma causa aparente.
3.↑ Na Ásia, nesse período, com o surgimento do Caodaísmo.
4.↑ O Dr. José Lacerda de Azevedo costumava afirmar que "Kardec criou o Espiritismo e que os espíritas brasileiros criaram o "Kardecismo"", uma prática ou tentativa de vivência da Doutrina Espírita, permeada de religiosidade, com tendência a se transformar em crença ou seita. In: Biografia do Dr. Lacerda. Consultado em 23 fev. 2009.
5.↑ Ver, por exemplo, LOPE, Wladisney. Porque não sou Espírita Kardecista. in: Revista Internacional de Espiritismo. disponível em Íntegra do artigo.
6.↑ Ver: Triste episódio ocorrido em 1953 Consultado em 14 de Junho de 2008.
7.↑ Organizadora do I Congresso Brasileiro de Umbanda. Anais disponíveis para download em: [1] Consultado em: 8 de Junho de 2008.
8.↑ Conforme o seu Art. 5, que estipulava: "A Religião Catholica Apostolica Romana continuará a ser a Religião do Imperio. Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto domestico, ou particular em casas para isso destinadas, sem fórma alguma exterior do Templo." In: Constituição Política do Império do Brazil Consultada em 13 de Julho de 2008.
9.↑ Este Código foi promulgado pelo Decreto nº 22.213, de 14 de Dezembro de 1890, mas só entrou em vigor seis meses após a sua publicação. Os seus artigos nrs. 157 e 158 proibiam expressamente "praticar o Espiritismo" e "inculcar curas de moléstias curáveis ou incuráveis", o que afetava diretamente as atividades das sociedades espíritas, cuja prática de receituário mediúnico homeopático era muito difundida à época.
10.↑ CARNEIRO, 1996:21.
11.↑ Op. Cit., p. 21-22.
12.↑ Enquanto as investigações científicas convencionais utilizam o método científico dedutivo, no espiritismo é mais comum o uso do método científico hipotético-dedutivo. Enquanto no primeiro método busca-se provar totalmente a hipótese, no segundo busca-se por evidências empíricas que vão de encontro à hipótese. Outro método utilizado no espiritismo é o fenomenológico, criado por Edmund Husserl.
13.↑ O fenomenologista Edmund Husserl declara que a realidade mental e espiritual possui uma realidade própria, independente de qualquer base física e que a ciência do espírito deve ser estabelecida sobre um fundamento tão científico como aquele alcançado pelas ciências naturais.
14.↑ Atualmente existem estudiosos espíritas no Brasil que preferem denominar como fenomenologia espírita o estudo e as pesquisas que se referem aos fenômenos do espírito e da mente humana
15.↑ Existem áreas do Conhecimento em que os métodos científicos tradicionais não podem ser aplicados, como exemplo, pode-se citar a Filosofia
[editar] Bibliografia
CARNEIRO, Victor Ribas. ABC do Espiritismo (5a. ed.). Curitiba (PR): Federação Espírita do Paraná, 1996. 223p. ISBN 85-7365-001-X
DOYLE, Arthur Conan. História do Espiritismo. São Paulo, Ed. Pensamento, 1960.
LANTIER, Jacques. O Espiritismo. Lisboa: Edições 70, 1980. 196p.
RIZZINI, Jorge. J. Herculano Pires, o apóstolo de Kardec. São Paulo: Paideia, 2000. 282p. ISBN 0000035491
[editar] Ver também
O Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: Espiritismo.Anexo:Lista de religiões reencarnacionistas
Conscienciologia
Espiritualismo
Espiritualismo universalista
Eubiose
Moderno espiritualismo
Paradigma espírita
Projeciologia
Teosofia
Terapia de Vidas Passadas
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[editar] Ligações externas
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